Há 9 meses nascia oficialmente a Passei Direto, uma rede social para fins acadêmicos. Durante o período equivalente a uma gestação, a empresa criada por Rodrigo Salvador (CEO) e André Simões (CTO) atingiu a marca de 2 milhões de usuários. O serviço, basicamente é uma rede social onde os alunos podem interagir, trocar conteúdos sobre determinadas matérias, se ajudar na vida acadêmica, etc… tudo com conceito de gameficação embutido.
O rápido crescimento, segundo Salvador, se deve simplesmente ao sucesso do produto, que se espalhou no boca a boca, conforme afirma o seu cofundador. “Em 2014 não gastamos um centavo com publicidade; em 2013 até gastamos um pouco, para fazer o branding, mas, a maioria veio de forma orgânica”.
Na verdade, 200 mil desse 1 milhão de usuários chegou à rede entre 2008 e 2012, mas, como eles só estrearam o serviço oficialmente em setembro de 2013, eles consideram que a empresa tem apenas 9 meses. Usando esse parâmetro, Salvador se vangloria de ter conseguido o primeiro milhão de usuários em quatro meses. “Crescemos mais vertiginosamente que o Facebook, que demorou 10 meses para chegar ao primeiro milhão”.
Esse rápido crescimento aconteceu porque, de acordo com o empreendedor, os alunos sentem a mesma necessidade de uma rede social acadêmica que ele sentia em 2008, quando começou a desenhar a empresa. Desde lá, ele fez alguns protótipos e rascunhos, mas não levou muito o projeto – até que em 2012 conheceu Simões, que também estudava com ele na PUC e viria a ser o sócio e o “cara técnico” da empresa, que hoje tem 23 funcionários.
Boa parte dos funcionários foram contratados graças a dois investimentos que a dupla recebeu. O primeiro deles, um seed round, veio de Marco de Mello, do Grupo Xangô, uma holding criada para desenvolver startups no Brasil. Mello apresentou a Passei Direto para a Redpoint e.ventures, que fez o Series A da startup.
Agora, eles já se preparam para receber o Series B e, só depois disso, começar a testar alguns modelos de monetização. “Hoje temos cerca de 30% do universo universitário dentro de nossa rede; depois do aporte, queremos chegar a 50%”, afirma Salvador.
E então será a hora de testar os modelos de monetização. “Ainda não sabemos exatamente quais serão os modelos que usaremos, mas uma coisa eu garanto: não cobraremos dos usuários. Queremos agregar valor ao usuário ao mesmo tempo em que monetizamos, por isso um dos modelos em que pensamos é em uma plataforma de estágios, onde as melhores empresas poderão pagar e encontrar os melhores estudantes”.
Além da monetização e de buscar o próximo round de investimentos, o próximo passo da Passei Direto é melhorar a experiência mobile. Segundo Salvador, 70% do público universitário está nos smartphones. “Queremos que nossos usuários consigam estudar a qualquer hora em qualquer lugar”.
Salvador diz ainda que tem interesse pelo público de ensino médio, mas, ao menos até o fim deste ano, o foco será totalmente voltado aos alunos de ensino superior.