* Por Priscila Gasperin
A presença feminina na área de tecnologia cresceu 60% nos últimos cinco anos em empresas e startups, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Apesar disso, as mulheres não são maioria no mundo tech, representando apenas 20% do total de profissionais da área no Brasil.
Devido a essa diferença, as empresas têm se atentado à importância da igualdade nas contratações no setor. De janeiro a maio de 2021 foram registradas 12.716 candidaturas femininas contra 10.375 no mesmo período de 2020, segundo uma pesquisa do Banco Nacional de Empregos (BNE).
A área de Relações Humanas da Dootax, empresa em que atuo, é muito preocupada em oferecer oportunidades para profissionais mulheres. Hoje, 43,7% dos funcionários da Dootax são do sexo feminino e a expectativa é que esse número aumente cada vez mais, tanto para ingresso na empresa quanto para o gerenciamento de equipes.
Nos processos seletivos, quando existe um número expressivo de mulheres, ficamos muito felizes, principalmente se a candidata tiver as competências técnicas e comportamentais necessárias para uma admissão feminina, pois sabemos que a área de tecnologia tem, em sua maioria, profissionais homens e queremos mudar esse cenário.
Para auxiliar o mundo corporativo nesta luta, a ONU Mulheres e o Pacto Global criaram os Princípios de Empoderamento das Mulheres para a implementação de práticas e ações de igualdade de gênero no ambiente de trabalho. São eles:
– Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível;
– Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação;
– Garantir a saúde, segurança e o bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa;
– Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres;
– Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento através das cadeias de suprimentos e marketing;
– Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social;
– Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.
Todas essas ações ajudam a construir um ambiente de negócios mais equilibrado. A tendência é que as corporações criem cada vez mais ambientes igualitários, para reduzir a desigualdade de gênero, principalmente nas empresas de tecnologia, a fim de contribuir para o aumento da presença feminina na área.
A luta das mulheres para conquistar espaços não é de hoje, embora toda evolução nos últimos anos, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Essa mudança tem sido realizada por pequenas e grandes empresas de diversos setores e a Dootax também incentiva que várias mulheres ingressem no setor de tecnologia e fiscal, inclusive em papel de liderança.
Priscila Gasperin, é gestora de RH da Dootax. Pós-graduada em Gestão de Pessoas e em Dinâmica dos Grupos. Professional Life Coach, formada pela SLAC – Sociedade Latino-americana de Coaching.