O Omegle, principal plataforma que ligava pessoas aleatórias na internet teve seu fim decretado na última quarta-feira, 8, por seu fundador Leif K-Brooks, o site estava no ar desde 2009. O anúncio oficial aconteceu por meio do site oficial da plataforma, em que o fundador fala sobre os motivos que levaram ao fim do site, citando pressão da comunidade por medidas de segurança e mau uso de usuários.
Em seu texto de despedida, o Lei diz que criou a plataforma para ser um espaço aberto de conversação sem preconceitos, em que usuários eram conectados aleatoriamente com outras pessoas pelo mundo para falar sobre os mais diversos assuntos. Ele lançou a plataforma quando tinha 18 anos, e criou o Omegle para ser um “pátio de conversas na internet”.
“Quando era adolescente, não podia entrar num campus universitário e dizer a um aluno: ‘Vamos debater filosofia moral!’, não podia chegar a um professor e dizer: ‘Diga-me algo interessante sobre microeconomia!’. Mas, online, pude conhecer essas pessoas e ter essas conversas”, diz a nota.
Mau uso de usuários levou ao fim do Omegle
A premissa do Omegle era simples: a plataforma juntava dois usuários escolhidos aleatoriamente em qualquer lugar do mundo em uma sala de bate-papo de texto, ainda era possível iniciar uma chamada de vídeo entre os usuários. Na conversa, os usuários poderiam falar sobre qualquer assunto, o que com o tempo passou a ser um problema.
Muitos dos participantes se aproveitavam da liberdade disponibilizada pelo próprio Omegle para cometer assédios morais e cyberbullying. Ainda aconteciam cenas de nudez por meio das chamadas de vídeo, inclusive compartilhadas por menores. No Brasil, a primeira condenação por estupro virtual aconteceu por crime cometido por intermédio da plataforma.
“Não se pode traçar um panorama honesto sobre o Omegle sem reconhecer que algumas pessoas o usaram indevidamente, inclusive para cometer crimes hediondos e indescritíveis”, lamenta Leif K-Brooks.
Entre as causas da morte do Omegle, o fundador cita a pressão da comunidade da internet para coordenar a plataforma e evitar que os crimes virtuais acontecessem, mas Leif explica que o Omegle não deve interferir nos usuários, e preferiu tirar do ar de vez a plataforma, após 14 anos de atividade.
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