A história da startup norte-americana de e-commerce Ecomom, que vendia produtos para pais e mães, teve um final trágico. A companhia, que havia acabado de levantar US$ 5 milhões, faliu, fechou seu serviço e um dos fundadores, Jody Sherman, cometeu suicídio. Devastador… Mas o que isso tem a ver com o Startupi? Aqui, damos prioridade para histórias que falem sobre o Brasil, mas acho que a documentação que surgiu após a falência da Ecomom pode ensinar muito aos empreendedores brasileiros e ajudar a evitar erros parecidos por aqui.
O Business Insider divulgou na quarta-feira uma análise financeira da Ecomom em seus últimos meses, feita por Philip Prentiss, que teria sido contratado pela startup em outubro para controlar suas finanças –em fevereiro, a companhia anunciou que não tinha mais dinheiro e estava fechando seu serviço.
O documento escrito por Philip afirma de que os descontos agressivos da Ecomom e a falta de conhecimento financeiro de Jody Sherman (o fundador e CEO) levaram a startup a seu fim. Ele também afirma que a Ecomom não teve nenhum mês lucrativo –no primeiro mês no mercado, o prejuízo já era de US$ 500 mil.
A política de descontos era tão agressiva, diz Philip, que quanto mais se vendia, mais se perdia. “Se nós cortássemos nossas vendas para zero e não fizéssemos nada o dia todo, poderíamos continuar nos pagando por mais dois anos, mas se continuarmos no nosso nível de vendas, estaremos sem dinheiro em três meses”, teria dito Philip, em novembro de 2012.
O executivo financeiro também diz que Jody não entendia alguns “princípios básicos” da prática dos negócios, incluindo declarações financeiras. “Ele não entedia, depois de três anos no negativo, que um aumento nas vendas resultava em um aumento das perdas”, diz o documento.
Em meio à tragédia, fica a boa notícia de que a Ecomom foi adquirida e será relançada no meio de 2013.
Leia a íntegra da análise disponibilizada pelo Business Insider:
Foto: Thomas Hawk/Flickr (Acesse o original)