A Nomad, fintech que oferece uma conta corrente gratuita em banco americano para brasileiros, levantou uma rodada de investimento de R$ 30 milhões, liderado pela Monashees, um dos mais conceituados venture capital da América Latina.
A empresa oferece liberdade e mobilidade financeira a seus clientes, que podem abrir uma conta corrente nos Estados Unidos sem sair do Brasil. Além disso, o que também atraiu os olhos dos investidores na startup foi a experiência dos seus fundadores e seus cases de sucesso. Enquanto Patrick Sigrist foi fundador do iFood e investidor ativo da Neon Pagamentos, Marcos Nader vendeu sua startup para a DocuSign, onde trabalhou por muitos anos. Já Eduardo Haber acumula uma larga experiência no mercado financeiro.
Parte do investimento será utilizado para o crescimento da fintech, com ênfase na ampliação e melhoria da carteira de produtos da empresa. Outra frente será direcionada na contratação de profissionais com foco no desenvolvimento de tecnologia e assim entregar uma melhor experiência aos usuários. A empresa também pretende ampliar sua atuação permitindo que os brasileiros utilizem a conta em outros países, além dos Estados Unidos. Com as melhorias, o objetivo da Nomad é atingir 100 mil clientes ativos no próximo ano.
“Temos três áreas principais dentro da Nomad, o banking, com conta corrente e cartão de débito; o câmbio, para remessas de dólar para a conta americana; e investimento, essa última com lançamento em breve. Estamos consolidando novas funcionalidades como o cartão de débito físico para compras e saques em caixas eletrônicos nos EUA. Desta forma teremos modalidades de pagamentos entre contas americanas, tanto para recebimento como pagamentos. E logo mais vamos lançar carteiras de investimentos, com portfólios temáticos entre outros. É uma revolução no mercado financeiro, e a Nomad está apenas começando”, explica Patrick Sigrist, que acredita que sem fronteiras, os brasileiros vão poder explorar um novo mundo de oportunidades.
Com a conta corrente Nomad, é possível fazer transações internacionais de forma simplificada, enviar dinheiro para os Estados Unidos em poucos cliques. O cliente ainda conta com o atendimento em português, como se estivesse usando uma conta brasileira de um banco tradicional. A abertura da conta é feita pelo aplicativo, mediante o preenchimento de dados pessoais e a foto do passaporte brasileiro válido.
Mesmo durante a pandemia onde residentes no Brasil não podem viajar aos EUA, há benefícios. Uma compra efetuada em qualquer e-commerce americano ou até mesmo uma reserva de hotel no exterior, por exemplo, com um cartão de crédito de banco tradicional brasileiro, gasta-se de 10% a 13% do valor total da compra, somente de spread cambial e IOF.
Já com o cartão Nomad, a economia pode chegar a 10% do valor total gasto no cartão, além de ter acesso a produtos e serviços, como compras na Amazon ou Apple Store americana. Já para quem recebe dinheiro em dólares, como free lancers e youtubers, ter um número de conta americana permite que o dinheiro seja recebido sem taxas e em poucos instantes.
“Até hoje, conta corrente nos Estados Unidos e dinheiro em dólares era uma realidade para brasileiros com muita liquidez. A proposta da Nomad vem para democratizar, através da tecnologia, esse acesso, eliminando burocracias. É um caminho sem volta”, acrescenta Eduardo Haber.