A Nomad, fintech brasileira criada em 2019 com o objetivo de facilitar o acesso dos brasileiros a uma vida financeira global, recebeu um aporte de US$ 61 milhões (cerca de R$ 300 milhões), representando a maior operação da modalidade da América Latina neste ano.
A rodada Série B foi liderada pela gestora Tiger Global Management (que investe em empresas como Nubank, Brex e Open AI) e acompanhada pelos atuais investidores: Stripes, Monashees, Spark Capital, Propel, Globo Ventures e Abstract. Com a nova captação a Nomad passa a ser avaliada em R$ 1,8 bilhão em valor de mercado.
Os novos recursos serão usados para acelerar o crescimento da Nomad, por meio da expansão da plataforma de investimentos global, lançamento de novos produtos, inclusive na área de crédito. Em maio de 2022, a Nomad recebeu US$ 32 milhões (cerca de R$ 160 milhões) em uma rodada liderada pela Stripes.
“Receber um aporte dessa magnitude, de um dos maiores fundos de venture capital do mundo, atesta o nível de maturidade do nosso negócio. É a prova de que nossa operação, pioneira no segmento, está muito bem estruturada e que nós nos consolidamos como um dos mais importantes players do Brasil para contas e investimentos internacionais”, diz Lucas Vargas, CEO da Nomad.
Segundo Vargas, a plataforma se destaca frente à concorrência, mesmo num ambiente de alta competição, por ser feita por brasileiros e para brasileiros, com foco exclusivo numa jornada financeira global. A Nomad foi pioneira em oferecer uma conta americana global digital e sem custo para o mercado de varejo no Brasil. Desde o início de 2023, a fintech já ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em volume processado em operações com cartão, e mais de R$5 bilhões em transferências internacionais.
“A Nomad nasceu com o propósito de democratizar o acesso do brasileiro ao mercado financeiro global, algo que, na época, era impensável. Hoje, já observamos uma mudança relevante no mercado local. O brasileiro está aprendendo a importância de ter parte de seu patrimônio investido em moeda forte. Estamos realizados em perceber que grande parte do nosso objetivo já foi atingido”, completa Patrick Sigrist, cofundador da Nomad.
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Soluções da Nomad
Na plataforma de investimentos da Nomad, o cliente encontra mais de 2 mil opções de investimentos internacionais, entre ações, ETFs de renda fixa e outros ETFs negociados nas bolsas americanas (NYSE e Nasdaq, entre outras), além de REITs (fundos do mercado imobiliário dos Estados Unidos) e fundos selecionados, segmentados de acordo com perfil de risco do investidor (Cuidadoso, Equilibrado ou Agressivo). Além disso, a conta bancária oferecida pela fintech conta com a cobertura do FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), órgão federal dos EUA que garante depósitos bancários, limitada a US$ 250 mil por conta.
A Nomad tem o cartão americano, que conta com IOF reduzido quando comparado a um cartão internacional emitido no Brasil. Além disso, a startup também disponibiliza o parcelamento de remessas de câmbio dentro do aplicativo, que permite que os clientes otimizem seu orçamento durante viagens, utilizando os limites do seu cartão nacional na contratação das operações.
A fintech é a primeira a oferecer aos brasileiros a opção de parcelar em reais valores que serão usados para gastos no exterior. O próximo passo da Nomad é entrar no mercado de crédito, oferecendo também um cartão de crédito no Brasil, para completar a jornada dos seus clientes.
No final do ano passado, usando os recursos de Série A, a Nomad adquiriu a Husky, startup de transferências internacionais, que facilita o pagamento de brasileiros que trabalham para o exterior e necessitam receber seus recursos no Brasil. Parte da nova captação também deve ser usada para impulsionar esta área.
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