“Teria sido extremamente difícil suportar esse crescimento tão acelerado em nossos próprios datacenters. Nós simplesmente não teríamos conseguido aumentar a capacidade de servidores com a velocidade necessária. A flexibilidade da nuvem nos permite adicionar milhares de servidores virtuais e petabytes de armazenamento em questão de minutos, o que possibilita a nossa expansão”, afirma Yury Izrailevsky, Vice President, Cloud and Platform Engineering.
A Netflix depende da nuvem para toda a carga de computação e armazenamento escalonáveis: lógica corporativa, bases de dados de distribuição e processamento/análise de megadados, recomendações, transcodificação e centenas de outras funções que compõem o aplicativo Netflix.
No comunicado oficial, eles afirmam que a redução de custos não foi o que os motivou a migrar para a nuvem. No entanto, seus custos por começo de transmissão na nuvem são uma fração dos custos do centro de dados. Esse foi um efeito colateral positivo e isso foi possível graças à elasticidade da nuvem, que permite otimizar continuamente o serviço e aumentar ou reduzir seu tamanho quase que instantaneamente, sem a necessidade de manter amortecedores de capacidade. Dessa forma, a plataforma também se beneficiou da economia em escala que só é possível em um ecossistema na nuvem.
Considerando as vantagens óbvias da nuvem, por que a Netflix demorou sete anos para completar sua migração? “Na verdade, a migração para a nuvem deu muito trabalho, e tivemos que fazer várias decisões difíceis ao longo do caminho. Teria sido fácil migrar para a nuvem simplesmente transferindo todos os sistemas, sem alterações, do centro de dados para a AWS. Mas se tivéssemos feito isso, teríamos migrado também todos os problemas e limitações que conhecemos trabalhando em datacenters. Ao invés disso, optamos por reconstruir praticamente toda a nossa tecnologia na nuvem, mudando a forma como a empresa opera. Do ponto de vista da arquitetura, migramos de um aplicativo monolítico para centenas de microsserviços e desnormalizamos nosso modelo de dados, com o uso de bases de dados NoSQL. A aprovação de orçamento, a coordenação centralizada de lançamentos e os ciclos de provisão de hardware de várias semanas deram lugar à entrega contínua, a equipes de engenheiros que tomam decisões independentes usando ferramentas self service em um ambiente de DevOps mais flexível, contribuindo para acelerar a inovação. Tivemos que desenvolver muitos sistemas novos e aprender novas habilidades. Foi necessário tempo e muito trabalho para transformar a Netflix em uma empresa que é nativa da nuvem, mas isso nos colocou em uma posição muito melhor para continuar a crescer e nos transformar em uma rede de TV mundial”.
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