Segundo uma pesquisa encomendada pela Microsoft à agência de comunicação Edelman, 98% MPMEs (micro, pequenas e médias empresas) estão em transformação digital e reconhecem o impacto positivo deste movimento. Intitulada como Transformação Digital para MPMEs, o estudo mostrou que de 2021 para 2022, alguns desafios como o de conectividade e hardware foram superados pela maioria dos empreendedores.
A pesquisa foi realizada com 312 líderes e tomadores de decisão de micro, pequenas e médias empresas em diversos setores da economia, realizado no período entre 14 e 15 de novembro de 2022. O objetivo é entender a experiência da transformação digital após a pandemia, considerando tendências, expectativas e necessidades sobre fatores-chave da digitalização.
Segundo o estudo, cerca de 92% das empresas que responderam a pesquisa consideram que estão em processo de transformação digital. Destas, 81% afirmam que a digitalização está acontecendo de forma bastante rápida. Neste processo, 47% das empresas estão priorizando a otimização do uso de dados para a inteligência de negócios, 41% buscam o recrutamento e treinamento de talentos em tecnologia e 40% estão focadas na aquisição e adoção de novas tecnologias.
Entre as oportunidades, 47% das empresas pesquisadas enxergam na inovação uma forma de gerar mais ganhos operacionais e comerciais, já para 43% e 40% a adoção de novas tecnologias pode apoiar, respectivamente, na conquista de novos mercados e na melhora da relação com clientes e fornecedores.
Apesar do avanço, quando se trata de criar uma cultura de transformação digital, ainda há um longo caminho a percorrer. A pesquisa mostra que a maioria das empresas, 72%, investirão em tecnologia nos próximos meses, mas apenas 28% têm isso como prática recorrente.
“As tecnologias estão em constante renovação. Por isso, buscamos entender quais são as principais lacunas do mercado, especialmente pós-pandemia, e como podemos ajudá-las a alcançar seus objetivos e fazer mais com menos”, diz Andrea Cerqueira, vice-presidente de Vendas Corporativas para Clientes e Startups na Microsoft Brasil.
Os dados da pesquisa mostram que a tecnologia é considerada uma aliada pela maioria das empresas na hora de enfrentar desafios de negócios. Entre as que enfrentam desafios relacionados à cadeia de suprimentos, por exemplo, 96% consideram que soluções tecnológicas podem ajudar a superá-los. Já para 25%, ferramentas de inovação podem dar suporte para resolver questões relacionadas à eficiência e produtividade e, para 21%, elas contribuem para a adaptação ao modelo de trabalho híbrido.
“Para uma empresa sobreviver e se manter competitiva na economia 4.0, ela precisa ter a inovação como um pilar de negócio. É preciso ter uma cultura de investimento contínuo em tecnologia, pois o mundo está mudando cada vez mais rápido, novas soluções e produtos surgem a todo momento e as empresas têm que estar preparadas para esse cenário, ou acabarão perdendo mercado”, alerta Andrea.
A cultura digital também pode ser observada no modelo de trabalho escolhido pelas MPMEs no Brasil. O trabalho remoto ou flexível está presente em 55% das empresas, destas, 93% disseram estar satisfeitas com um modelo de trabalho flexível. Porém, quando o regime de trabalho é híbrido, em 71% das pequenas e médias empresas os funcionários passam mais de 50% do tempo trabalhando presencialmente.
Já nas microempresas, essa proporção é de apenas 39%. Para facilitar o trabalho remoto e híbrido, 67% das empresas investiram na compra de notebooks e outros equipamentos portáteis, 59% buscaram promover treinamentos e 51% e 50% aplicaram recursos na adoção de plataformas de videochamada e trabalho colaborativo, respectivamente.
Além do aumento do bem-estar dos funcionários, 47% das empresas pesquisadas veem no trabalho remoto uma oportunidade de redução nos custos operacionais da companhia, esta proporção é ainda maior entre as empresas não nativas digitais, atingindo 58%.
O aumento da produtividade, é outra vantagem, destacada por 40% das empresas que responderam à pesquisa. Por outro lado, quando questionados sobre quais as barreiras enfrentadas na adoção deste modelo trabalho, 32% afirmam que é a produtividade. “Ao mesmo tempo que os líderes enxergam a tecnologia como forma de trazer ganhos operacionais, eles também a classificam como um desafio de eficiência e produtividade. Essa afirmação faz parte do processo de amadurecimento e transformação das empresas”, explica Cerqueira.
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Evolução na maturidade digital das MPMEs nos últimos três anos
Na primeira edição da pesquisa, realizada em 2020 e divulgada em 2021, os dados já apontavam uma tendência de continuidade da adoção de tecnologias. Na época, 82% das MPMEs brasileiras diziam ter a intenção de seguir a digitalização por meio de novas ferramentas.
No início, o principal investimento das MPMEs foi em plataformas de comunicação e colaboração, com 66% dos entrevistados apontando que os softwares de vídeo chamadas seriam as principais mudanças em relação à adoção de tecnologia, seguidas por nuvem e software de trabalho remoto (ambos com 55%). Já em 2022, 51% das MPMEs disseram investir em soluções de vídeo chamada.
A segunda edição da pesquisa, realizada no final de 2021 e divulgada em fevereiro de 2022, mostrou que as MPMEs estavam em processo acelerado de digitalização. Já na comparação entre 2021 e 2022, os dados mostram que muitas empresas conseguiram resolver os desafios iniciais de infraestrutura, como conexão com a internet, software e hardware. Enquanto 47% das empresas disseram ter problemas de conectividade nos primeiros anos da pandemia. A pesquisa atual, mostra que apenas 29% apontaram esta questão com um problema.
No entanto, outros desafios ganharam relevância nesta terceira edição da pesquisa, como a preocupação com a produtividade dos funcionários, que passou de 14% em 2021, para 32% em 2022, e a capacitação e adaptação às novas tecnologias, que era um desafio para 18% dos líderes e passou a ser para 28%.
Na comparação entre 2021 e 2022, também houve um aumento no investimento em tecnologias inteligentes focadas na melhoria do relacionamento com cliente e na tomada de decisão baseadas em dados. Cerca de 40% das empresas disseram estar atentas às relações com clientes e fornecedores e 35% às soluções de inteligência de dados.
Em relação à cibersegurança, em 2020, segundo dados declarados à época, houve um aumento na adoção de políticas de segurança cibernéticas, principalmente entre as microempresas, quando 51% delas disseram implementar algum tipo de solução e 52% das MPMEs afirmavam estar preparadas para enfrentar os desafios da segurança cibernética.
Entre 2021 e 2022, ainda que discretamente, a maturidade das MPMEs em relação à cibersegurança também aumentou. Houve um crescimento na proporção de empresas que alteraram políticas de cibersegurança em razão da transformação digital, passando de 74%, em 2021, para 80%, em 2022. Já a adoção de políticas de uso de VPN subiu de 71% para 73%, no mesmo período, respectivamente. Enquanto isso, a porcentagem de empresas que declararam já ter sofrido ciberataques permanece em 50%.
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