Em comparação com com os primeiros três meses de 2023, o número de M&As na América Latina registrou queda e 39%. Ao todo, foram 604 processos de fusão e aquisição no primeiro trimestre, com um valor total de US$ 7.904 bilhões, segundo o relatório patrocinado pela Aon e realizado pela TTR Data.
O Brasil liderou o ranking de países com mais transações no continente, foram 370 negociações e US$ 4.771 bilhões de capital mobilizado no trimestre, uma queda de 46% e 65%, respectivamente. Em segundo lugar, o Chile registrou 84 transações, um aumento de 9%, mas uma queda de 66% no valor agregado, com US$ 1.581 milhões.
Segundo especialistas, 2023 começou devagar para o mercado de M&As – reflexo de eventos globais como o aumento das taxas de juros, inflação e conflitos geopolíticos, além de fenômenos mais localizados, como o baixo nível de crescimento econômico em alguns países e mudanças políticas recentes importantes na América Latina.
“A expectativa é que, à medida que esses eventos se estabilizem durante o ano, o nível de investimentos seja retomado, o que passa pela avaliação de riscos, seguros, temas relacionados a pessoas e propriedade intelectual, fundamentais para evitar situações que podem corroer parte do valor do Deal no futuro”, explica Felipe Junqueira, head of M&As and Transaction Solutions para América Latina na Aon.
O especialista da Aon aponta que para garantir transações bem-sucedidas, é importante que as empresas na América Latina invistam num mapeamento de riscos e oportunidades adequado, detalhado e assertivo, considerando as incertezas do mercado e o uso de ferramentas mais abrangentes de análise e transferência de risco.
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M&As na Região Norte do Brasil
A região Norte do Brasil registrou 4 M&As no primeiro trimestre de 2023, o dobro das 2 operações desse tipo realizadas no mesmo período de 2022. Os dados constam na tradicional pesquisa da KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira.
Segundo o conteúdo, no primeiro trimestre deste ano, foram realizadas as quantidades a seguir de operações nas seguintes Unidades Federativas: Amapá (1), Amazonas (1) e Rondônia (2). Acre, Pará, Roraima e Tocantins não registraram esse tipo de operação nesse trimestre.
“A pesquisa mostrou que a Região Norte, embora com uma quantidade absoluta pequena, teve uma alta expressiva no total de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano, comparado ao trimestre de 2022. Rondônia teve o maior número de transações, com 50% das operações. Os demais Estados da região também continuam sendo relevantes nesse aspecto. Para os próximos meses, espera-se que a região possa registrar mais negócios com a possível melhoria da economia”, afirma Paulo Ferezin, sócio-líder de Clientes e Mercados Regionais da KPMG no Brasil.
A pesquisa revelou ainda que o Brasil registrou 372 fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2023, uma queda de 32,74% na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram registradas 553 transações. Este número também aponta para um cenário de estabilidade com leve recuperação em relação aos dois trimestres anteriores onde foram concluídas 370 e 344 transações respectivamente.
Sobre os setores, os que mais se destacaram foram companhia de internet com 81 transações, tecnologia da informação com 66 e instituições financeiras com 36. Os outros que receberam investimentos foram os seguintes: companhia de serviço com 15; mídia e telecomunicação com 24; companhias de energia, 14; seguro, 11; hospitais e laboratório de análises clínicas, 14; e transportes 12.
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