Séculos atrás tudo que era produzido passava pelas mãos de um artesão. Este cara conhecia os seus consumidores, conversava com eles um a um, fazia seus trabalhos personalizados.
Depois, na era industrial, o homem descobriu que podia produzir muito mais e a um custo mais baixo, mas deixou a conversa e passou para a comunicação de massa, falando com muitos, mas sem a possibilidade de ouvir.
O futuro, no entanto, aponta para coisas mais interessantes: aproveitar a inteligência coletiva, promovendo conversações entre quem cria e quem consome, para agregar valor ao que é produzido. E é isso que faz a .marcamaria.
Através de um blog, .faso e Aline conversam com os leitores mostrando suas idéias e recolhendo sugestões, até que esta conversa gere um produto, no caso, as lindas bonecas de pano que a .marcamaria produz.
A iniciativa vai até o extremo da personalização, produzindo uma boneca de pano a partir da uma foto de uma pessoa, com todas as suas características, os mini-mis.
Com investimento próprio (ou seja, com a cara e a coragem), .faso e Aline estão dando uma boa lição sobre como utilizar a web para agregar valor a uma startup. Muito mais do que um site para discursar aos potenciais consumidores, eles geram uma comunidade e todo um sistema de co-criação no qual o consumidor interfere diretamente nos produtos.
Fica a pergunta ao .faso (que certamente responderá nos comentários, onde a gente continua essa conversa): esse modelo tão colaborativo e personalizável escala? Se a demanda aumentar muito, o modelo dá conta?