Buscando compreender o ecossistema de startups em suas diversas atuações a fim de conectar soluções e demandas, a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), em parceria com o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), anunciou a divulgação do Mapeamento Edtech – Investigação sobre as startups de tecnologia educacional – 2019.
O mapeamento de 2019 reúne iniciativas, segmentos de atuação, soluções oferecidas e modelos de negócio, baseado nas informações das startups do setor cadastradas na base de dados da Abstartups, o StartupBase. “Nossa intenção é que cada vez mais agentes participem e venham somar forças com esse setor e com as tecnologias apresentadas, fazendo parte desse movimento de inovação na educação”, ressalta o presidente da Abstartups, Amure Pinho.
Em um acordo de cooperação técnica firmado desde 2017, o mapeamento tem a coordenação de Mairum Andrade, gerente de tecnologias educacionais do CIEB, e tem como objetivo ser um levantamento sistemático e banco de dados vivo das soluções de tecnologias educacionais disponíveis no Brasil.
“Conhecer as ofertas disponíveis no mercado é indispensável para que educadores e redes de ensino possam saber quais são as possibilidades de uso de tecnologia e onde elas estão disponíveis para a efetiva incorporação em seus processos educacionais”, afirma Mairum Andrade. “Do outro lado, empreendedores e investidores podem identificar os gaps de ofertas de solução e adequar seus produtos ou desenvolver novos projetos e produtos para atender, de forma mais completa e integral, às necessidades dos educadores, escolas e redes de ensino”, ressalta o coordenador do mapeamento.
Destaques do mapeamento
Realizado entre agosto e outubro de 2019, o mapeamento compreendeu 449 edtechs ativas no Brasil, sendo a maioria (59%) localizada na Região Sudeste, com o estado de São Paulo liderando (35,1%). Em relação aos perfis, predominam soluções cujo modelo de negócio são SaaS (61%), em negócios operados por até funcionários (64,1%).
Quando agrupadas pelo segmento de ensino que atendem, desde educação até aquelas voltadas ao corporativo, 48,11% focam no ensino fundamental e médio, seguido pelo ensino infantil (22,49%), cursos livres (16,93%), ensino superior (16,04%) e corporativo (13,59%) fechando o TOP 5.
Vale lembrar que as edtechs foram identificadas e classificadas de acordo com o segmento e os tipos de recursos educacionais que oferecem para o ecossistema de educação, sendo possível que uma mesma edtech atue em mais de um segmento. Essa soma mostra um dado importante: 70,6% estão focadas em soluções para o ensino básico.
Grande parte das startups (67,04%) são classificadas como plataformas, seguidas pelas ferramentas (26,28%) e conteúdos (14,03%). Ao todo, contempla-se a seguinte divisão das edtechs voltadas para os ensinos infantil, fundamental e médio; superior; educação corporativa; preparatórios; idiomas e cursos livres.
“A diversidade de soluções disponibilizadas por essas edtechs pode apoiar diferentes processos escolares ou de ensino e aprendizagem. Chama a atenção, por exemplo, o aumento de soluções voltadas a inclusão de alunos com algum tipo de deficiência física ou intelectual”, analisa Pinho.
O raio-x por atuação das edtechs e o mapeamento completo estão disponíveis no link.