A questão da transmissão online de shows, por muitos anos, replicou o que acontecia no mundo off-line: As marcas compravam banners ou espaço em vídeo para aparecer como patrocinadoras de um show e a coisa toda se encerrava por ali. O que a Livebiz fez foi pegar esse modelo e dar uma chacoalhada, elevando as marcas para o status de donas dos shows que patrocinavam.
Segundo Gustavo Marques, fundador da empresa, a ideia é desenvolver plataformas musicais no mundo digital, unindo marcas e projetos de música. “A gente produz plataformas com exclusividades para as marcas, então pode ser um aplicativo, uma rádio online, um concurso, live streaming… Nós promovemos uma conversa com os usuários, por um longo período de tempo”, conta ele.
Um dos projetos que coloca a Livebiz mais em evidência é quando ela faz o meio de campo para que uma marca transmita, em seu próprio site ou em sua página no Facebook, um show exclusivo. Entre os clientes que já fecharam contratos com a empresa estão a Nívea, a Sky e a Fiat.
A ideia de criar essas ações, diz o fundador, é construir uma “legião de marcas que vão continuar se diferenciando no mercado”. “São marcas que precisam se associar com a música e se apropriar disso de uma maneira diferente”, conta.
Gustavo explica que os dois principais tipos de projeto tocados dentro da empresa são:
– Live Concerts: “São para projetos em que as marcas já têm uma relação com a música no mundo off-line e os shows já existem. A Livebiz cria conteúdos e promoções, gerando conversas antes, durante e depois do evento. Fazemos a transmissão ao vivo desses shows, que já estavam programados antes do envolvimento da marca.”
– Studio Livebiz: “São shows que não aconteceriam se a marca não tivesse organizado. Ajudamos a escolher a banda ou artista e fazemos todo o planejamento da ação.”
Para fazer tudo isso acontecer, Gustavo diz que faz o planejamento e contrata parceiros. E essas relações de parceria acabou rendendo a primeira aquisição da Livebiz, que comprou uma empresa de transmissão de vídeos chamada 360. Com a junção de empresas, a startup acabou ficando com sete funcionários dedicados em tempo integral.
Tudo isso começou em junho de 2012, quando o executivo tomou coragem para largar tudo e criar a Livebiz depois de alguns anos de experiência no mercado de publicidade. Inicialmente, ele passou quatro meses tocando a startup sozinho e testando as tecnologias mais adequadas. “Eu me apeguei muito aos acertos que tivemos.”
A startup recebeu investimento do próprio CEO e de um grupo de anjos.
Foto: Show do Gilberto Gil transmitido pela Livebiz/Divulgação