Durante o South Summit Brazil, um dos eventos mais aguardados no cenário empreendedor brasileiro, que ocorre de 20 a 22 de março em Porto Alegre, um painel de investidores trouxe à tona insights sobre o que é essencial para empreendedores e investidores ao buscar captação de investimentos para growth e early-stage, especialmente em fundos de Venture Capital.
Com a participação de Luiz Fernando Silva Neto, da emerging vc fellows; Paul Anderson, da Parceiro Ventures; e Eduardo Zilberberg, da BZCP, o painel abrodou uma visão abrangente das dinâmicas atuais do mercado de investimentos. “O founder tem que estar sempre com o pé na operação e outro pé no fundraising. E essa conversa entre empreendedor e fundo demora, às vezes, anos. Por isso, o founder precisa manter esse contato sempre aquecido”, diz Eduardo.
Ele destacou que, embora os anos recentes tenham testemunhado um pico seguido de queda nos investimentos, foi uma lição valiosa para os empreendedores, mostrando que não podem se dar ao luxo de se apresentarem despreparados aos fundos. Além disso, Eduardo enfatizou a importância de compreender o valor da marca do fundo e como ele pode contribuir não apenas para a operação atual, mas também para futuras rodadas de captação. “Faça o due dilligence com o fundo, converse com quem já recebeu investimento daqueles investidores, você precisa conhecer de verdade esse investidor, porque é um relacionamento que vai perdurar por anos da vida da sua empresa”, diz.
Paul Anderson complementou essa visão, destacando a mudança de foco à medida que as startups avançam em seu ciclo de vida. Ele enfatizou que, no estágio inicial (seed), os investidores estão mais interessados no empreendedor e na visão de longo prazo, enquanto na Série A, a tese da startup já deve estar validada e demonstrando escala. “Quanto mais próximo da Série A, mais organizados você tem que ter os seus dados. Cada fundo tem seu jeito, sua tese. Por isso, o founder tem que ter networking pra entender quem são os investidores e a tese deles.”
Evolução dos investimentos em growth e early-stage
Eduardo Zilberberg trouxe à tona a evolução das negociações nos últimos anos, destacando a importância de os investidores entenderem a natureza dinâmica do empreendedorismo e estarem alinhados com as expectativas realistas. “A questão da queda dos valuations nos últimos anos é uma realidade que não dá para mudar. Houve um consenso de que os valuations estavam inflados e, consequentemente, teve uma correção. Outra tendência que o mercado trouxe nos últimos anos que veio pra ficar é o fim do mito de que todo mundo vai virar um unicórnio”, explica.
“Hoje nem todo mundo quer mais ter uma empresa de bilhões de dólares. Os investidores também estão cientes disso e olhando para empresas que mais se adaptam à tese do fundo. O mercado não está mais investindo em qualquer coisa, o business plan da startup tem que casar com os objetivos do fundo. Por isso, é muito importante a comunicação, entender o que é bom pro investidor e pro empreendedor. É importante ter o entrosamento entre investidor e fundador”, completa Eduardo.
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