O investimento de Venture Capital na América Latina caiu 51% em 2022, segundo o “The LatAm Digital Report”, estudo da McKinsey apresentado na conferência Brazil at Silicon Valley.
No último ano, 33% das startups tiveram um down round e tiveram que aceitar novas capitações a valores baixos comparando com rodadas anteriores. Isso aconteceu porque o capital ficou mais escasso e seletivo, principalmente pela crise econômica e aumento dos juros.
A pesquisa consultou 200 startups da região e cerca de 300 líderes de mercado — incluindo fundadores de empresas e líderes de fundos de venture capital e corporate venture capital (CVC).
O estudo aponta que a América Latina conquistou um pedaço relevante no portfólio dos VCs nos últimos anos. Em 2018, os investimentos ficaram em US$ 3 bilhões e em 2021 atingiram o pico de US$ 18 bilhões. Mas o volume de capital caiu e mesmo assim, ainda está 63% acima dos níveis pré-pandemia e está disponível principalmente para startups em estágio inicial.
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O estudo mostra que a fonte desses investimentos está mudando. Em 2021, 40% dos deals na América Latina contaram com a participação dos 10 fundos mais ativos na região. Em 2022, eles investiram em 24% dos deals. Cerca de 30% das startups latino-americanas têm menos de 18 meses de runway.
Mesmo com queda de investimento, startups crescem na América Latina
E mesmo com a redução nos investimentos a maior parte das startups latinas seguem crescendo e multiplicando suas receitas. Cerca de 54% das pequenas empresas brasileiras cresceram mais de 90% em 2022. Nos demais países da América Latina, a média foi de 44%. De 2018 para 2021 o número de startups unicórnios, com valuation superior a US$ 1 bilhão, aumento 4 vezes mais, subindo de 9 para 34.
A pesquisa dividiu as startups entrevistadas em 4 grupos. As melhores foram chamadas de “rockstar” e representam 19% das startups avaliadas. O nome foi escolhido por alinharem crescimento com lucratividade. Cerca de 35% receberam o nome de “Great Gatsby”, porque crescem bastante, mas consomem mais capital do que o recomendado. Depois estão as denominadas “Peter Pans”, que são 12%. Elas são lucrativas, mas não crescem. Por último, com 34%, estão as startups em estágio embrionário.
Em relação ao break-even, das startups entrevistadas fundada há até dois anos, 83% ainda não atingiram o ponto de equilíbrio. Cerca de 33% das startups que tem mais de nove anos também não alcançaram o break-even.
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