* Por Marcos Gurgel
O primeiro episódio da última temporada da série Black Mirror chocou o mundo com uma das possibilidades de uso da Inteligência Artificial (IA) ao criar uma história – fictícia -, onde a vida de uma mulher se transforma em série de TV usando a projeção da imagem de uma atriz. O choque foi por parecer uma ação onde a máquina toma conta da vida real, como se pudesse substituir o ser humano. E nesse sentido é importante a gente diferenciar a realidade da ficção.
Usar algoritmos e dados para que computadores entreguem respostas como pessoas reais é uma das maravilhas da inovação para agregar velocidade, qualidade e auxiliar as tarefas humanas.
Food delivery
Nos últimos anos, o delivery foi um dos segmentos que mais cresceu em todo o país, colocando o brasileiro como responsável por mais de 48% de todos os pedidos da América Latina. Tem uma pesquisa da consultoria de pesquisa de mercado Kantar, que mostra que o delivery no Brasil deu um salto dos já impressionantes 80% em 2020 para 89% em 2022. E ainda tem a expectativa de, até o final deste ano, crescer mais 7,5%. Quer dizer: quase todo mundo no Brasil já pediu ou pede comida pelo delivery.
Com essa crescente, não tem como negar que este é um setor com forte apelo para agilidade dos processos. Com isso em mente nos aliamos a autoridades no tema. Por meio da Prosus, uma das nossas investidoras, nos aproximamos da Open AI, a empresa detentora do Chat GPT, e um dos braços que nos permitiu muitos e muitos usos de IA internamente. E eu acredito que as melhores discussões sobre o uso de inteligência artificial são aquelas onde organizações usam essa tecnologia porta para dentro e depois de muita zona de conforto, passam a explorar o potencial delas porta para fora.
Erramos e acertamos por aqui. Testamos e ousamos no iFood, através de muitas cabeças humanas pensantes para aplicação de IA em projetos internos de produtividade. Hoje, temos soluções e ferramentas de IA que fortalecem nosso ecossistema de parceiros, sejam eles restaurantes, mercados ou estabelecimentos de venda pelo delivery.
Grandes ou pequenos, parceiros iFood já podem usar IA para atender clientes, gerenciar estoques, criar listas a partir de comandos e colher dados para entregar sugestões personalizadas aos consumidores. Tudo resolvido com uso da generative AI, aquela capaz gerar textos como resposta a solicitações, em linguagem comum, quase humana, e que também aprende e reproduz falas conforme o uso.
Como um dos responsáveis pela área de tecnologia e inovação do iFood, recebi o papel de criar estratégias com uso de AI que resultam em economia de tempo e melhores resultados, com menos gaps no processo. Com isso, empresários, funcionários e todo o potencial humano podem ser investidos em aspectos estratégicos dos negócios que dependem exclusivamente do raciocínio e criatividade, atributos insubstituíveis nas pessoas.
* Marcos Gurgel é diretor de Inovação do iFood. Pós-graduado em Engenharia, na UFRJ, Gurgel já trabalhou na Vale, no BTG e na The Kraft Heinz Company antes de entrar no iFood, onde está há dois anos. Entusiasta de Tecnologia e Gestão, Gurgel tem amplo conhecimento em temas que envolvam a Inovação e a Tecnologia, sob a ótica de Negócios, e fala sobre startups, inteligência artificial, gestão, entre outros.
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