Há uma grande expectativa – e dúvida – se toda essa tendência de geolocalização realmente dá certo como negócio. Não parece fácil estabelecer um modelo de negócio sem outros componentes. A Geofusion é uma companhia brasileira que faz geomarketing desde 2008, após ter mudado de negócio (tinha sido fundada em 1996). A considerar pela quantidade de clientes citados no site da empresa, os negócios vão bem (desde os badalados Starbucks e Outback até os gigantes Magazine Luiza e Americanas).
Ontem, a empresa anunciou que recebeu investimento da Intel Capital. O valor do aporte não foi divulgado, mas a notícia foi confirmada em um comunicado divulgado pela companhia investida. Segundo a Geofusion, a Intel resolveu investir após ver o “potencial dos setores da economia que podem ser atendidos pela empresa”. A companhia diz ter, atualmente, 200 clientes e seu principal produto é o OnMaps, uma plataforma online de inteligência geográfica que mostra o perfil da população brasileira nas diversas regiões. O serviço, focado em clientes corporativos, mostra informações de consumo do mercado e promete ajudar na abertura de lojas, no mapeamento do público e da concorrência, na criação de estratégias de venda e na análise das regiões brasileiras.
Alexandre Villela, diretor de investimentos da Intel Capital, deu uma entrevista ao Valor Econômico sobre o aporte. Segundo ele, a aposta foi feita pelo negócio da companhia envolver geolocalização e computação em nuvem e pelo mercado em potencial.
Ainda de acordo com o Valor, o investimento da Intel Capital foi o segundo recebido pela Geofusion, que vendeu uma participação para o fundo Criatec, do BNDES, em 2011.
Há cerca de dez dias, a Intel Capital tinha anunciado seu primeiro investimento de 2013 no Brasil, com um aporte na WebRadar, especializada em “big data”. Leia mais aqui.