Alternando entre pontos positivos e negativos em relação à inteligência artificial, Martha Gabriel, palestrante e Keynote speaker, comentou sobre como a tecnologia moldará o futuro do mercado de trabalho e sobre os impactos já presentes. A keynote speaker foi escolhida para comandar o painel “IA e a (r)evolução do mercado de trabalho”, no Digitallks Expo 2023. O painel contou com insights importantes sobre a interação homem e máquina no futuro do mercado.
Martha diz que está nervosa com o avanço da IA e que quem não está, deveria. Apesar de impactante, a frase da palestrante foi citada em tom de positividade: “Muito mais do que uma necessidade, o trabalho se tornou parte da nossa vida, e a tecnologia vem sendo inserida nesse mercado e os colaboradores precisam se adaptar a ela, mas não da um friozinho na barriga pensar que a tecnologia avança mais rápido do que os humanos?”
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No painel, Martha explica que a tecnologia se tornou parte da evolução humana, que nos primeiros anos só era possível cavar usando as mãos, em seguida surgiram as pás, com essa analogia, a executiva comenta que vê a tecnologia como uma ferramenta à disposição humana. Ela segue citando que o melhor dos mundos vem de uma soma entre homem + tecnologia, que sempre acaba resultando em uma forma de processo.
Ser humano se torna uma tecno-espécie
Durante o painel, a palestrante explica que o ser humano e as novas inteligências artificiais funcionam de forma parecida, como um conjunto de possibilidades que integram um único organismo. “Quando comemos, a comida passa por diversos sistemas que aos poucos vão aproveitando os nutrientes e que no final expele o que não pode ser mais aproveitado, nas IAs o processo é de certa forma parecido, onde você pega um bruto de informações e que vai sendo digerido aos poucos até que a informação precisa seja encontrada”, comenta.
Como diferencial, Martha explica que as IAs não sofrem do cansaço, então se ela precisa aprender algo, a tecnologia consegue analisar todas as informações disponíveis para alcançar o resultado ideal. Ela finaliza que as IAs chegam para ser assistentes e não apenas substitutos.
O novo mercado de trabalho
A executiva explica que essa mudança no mercado de trabalho já é realidade. Em pesquisa própria, ela reconheceu que 91% das atuais vagas de empregos ligadas à tecnologia já cobram conhecimentos na utilização do ChatGPT. À medida que os trabalhos evoluem, a tecnologia também tende a evoluir, e sempre foi assim.
Mesmo com essa evolução constante, Martha explica que o ser humano ainda possui seu maior diferencial em relação às inteligências artificiais: a criatividade. Exemplificando, a palestrante explica que tudo o que surge de uma IA generativa é fruto de um banco de dados criado pelos próprios humanos, e por isso o cérebro ainda consegue ter uma capacidade de criação mais completa que qualquer tecnologia atual.
“Ainda não temos no mercado uma superinteligência que seja capaz de criar do zero uma informação, de inventar. Sendo assim, podemos moldar a IA para criar seus resultados baseados em dados que nós mesmos escolhemos. E é por isso que eu acredito que cada vez mais veremos inteligências artificiais criada para finalidades especificas”, explica.
A superinteligência e sua utilização no trabalho
Ao falar de inteligências especificas, Martha cita sua visão de futuro para as IAs, que não devem seguir para sempre o modelo de chat geral, como a tecnologia da OpenAI, mas sim que cada empresa vai criar sua ferramenta baseada nos seus próprios bancos de dados para alcançar os resultados com precisão. “Se eu trabalho numa healthtech, por que minha tecnologia precisa saber quanto foi o resultado do último jogo do meu time? É melhor criar uma ferramenta baseada em dados ligados ao mercado de saúde”, conclui Martha Gabriel.
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