Em coletiva exclusiva à imprensa na manhã de terça-feira (25), o Google for Startups anunciou o lançamento do estudo “Startups & Inteligência Artificial Generativa: Destravando o Potencial no Brasil”. O estudo identifica as principais barreiras enfrentadas pelas startups. A pesquisa, realizada em parceria com a Box1824, tem como objetivo posicionar o Brasil no mapa dos países de referência em Inteligência Artificial.
Este relatório dá seguimento a um estudo anterior realizado em 2022, que explorou o uso, o potencial e as lacunas das startups brasileiras em IA. Entenda agora quais são as 11 demandas identificadas pela nova pesquisa:
- Falta de acesso à educação tecnológica
- Escassez de profissionais qualificados
- Fuga de talentos, viés e falta de diversidade, equidade e inclusão
- Novos parâmetros para avaliar a inovação
- Orientação de casos de uso acionáveis
- Controle e privacidade de dados
- Criação de proposta de valor
- Preocupação com o impacto da Inteligência Artificial (GenIA)
- Cenário regulatório indefinido
- Falta de capital para inovação disruptiva
“Nossa pesquisa mostrou o imenso potencial da IA generativa para transformar diversos setores de negócios, mas também revelou que ainda há muito a ser feito para aproveitar essas oportunidades. Queremos fornecer informações estratégicas para ajudar líderes e investidores a tomarem decisões mais informadas”, conta André Barrence, diretor do Google for Startups para a América Latina.
A adoção de inteligência artificial (IA) generativa ainda é um desafio para a maioria das startups brasileiras, o relatório revela que 63% dessas empresas não têm uma estratégia clara para o desenvolvimento e uso da tecnologia.
Um dos maiores obstáculos identificados é a falta de clareza sobre como medir os resultados do uso da IA generativa. Muitas startups ainda não conseguem quantificar os benefícios da tecnologia, com 22% das empresas afirmando essa dificuldade. Além disso, um terço dos entrevistados acredita que o apoio de grandes empresas de tecnologia para transformar modelos de IA em produtos comercialmente viáveis é crucial para o avanço.
Claro! Aqui está o parágrafo melhorado:
No cenário das startups que participaram do panorama, em relação a investimentos e fase de maturidade, os resultados revelaram que 38% delas nunca passaram por nenhuma rodada de investimento, 29% ainda estão na fase de pre-seed e apenas 13% alcançaram a fase seed.
Outro desafio significativo é a falta de capital. Aproximadamente 25% das startups não possuem um orçamento específico para o desenvolvimento de IA generativa. Muitas esperam por investimentos externos, sendo que 46% mencionam a necessidade de investimentos públicos e 38% apontam para investimentos privados, como VCs, aceleradoras e fundos de investimento. Além disso, 35% das startups esperam maior facilidade no acesso a capital em novas rodadas de investimento.
A falta de profissionais qualificados é outro grande problema. Cerca de 59% das startups acreditam que a educação e a conscientização sobre IA generativa são essenciais para o desenvolvimento da tecnologia. Outras áreas destacadas incluem a necessidade de desenvolvimento de habilidades interpessoais (43%) e melhorias no ensino básico (37%) e superior (38%) para melhor preparar os profissionais.
Outro ponto relevante é que o mercado ainda apresenta uma homogeneidade e baixa representatividade comparado à diversidade do Brasil. Cerca de 90% são heterossexuais, 78% são brancos e 81% são homens. Além disso, 63% das startups brasileiras estão localizadas nos eixo Rio – São Paulo.
“Precisamos de iniciativas estruturadas para preparar nossa força de trabalho para lidar com tecnologias avançadas. A escassez de profissionais qualificados é agravada pela fuga de talentos, com muitos brasileiros sendo atraídos por melhores oportunidades no exterior”, comentou Barrence.
A pesquisa também revela que 83% dos entrevistados veem a necessidade de regulamentação específica para a IA generativa. No entanto, há uma divisão sobre a melhor abordagem para essa regulação. Cerca de 27% dos entrevistados acreditam que a responsabilidade deveria ser de uma agência reguladora independente, enquanto 24% defendem que o tema deveria ser tratado por meio de projeto de lei. Outros sugerem regulação por entidades privadas ou até mesmo pelas próprias empresas.
Leia o relatório completo aqui!
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