A GK Ventures, gestora de investimentos de impact growth, fez o aporte de R$ 30 milhões na Negócios Verdes, plataforma de solução para destinação adequada de resíduos industriais, que detém 100% do capital das empresas Rolth do Brasil e Sulminas.
O grande potencial de geração de impacto, resultante da eliminação de resíduos gerados por indústrias altamente poluentes e pela contribuição para a redução de emissão de carbono, atraiu a GK Ventures, que terá uma participação minoritária relevante da Companhia, junto aos investidores Daniel Goldberg, da Lumina, e Marco Kheirallah, da SIP Capital, passam a deter 36,69% da Negócios Verdes.
“Com a dificuldade de tornar o mercado de crédito de carbono efetivamente global, o tema de descarbonização de processos produtivos ganhou muita urgência. Por isso, estamos animados em anunciar o aporte na Negócios Verdes. Acreditamos que a empresa está muito bem posicionada para consolidar-se como uma das principais plataformas de solução para destinação de resíduos industriais no país e colaborar para a corrida do net zero”, explica Thomaz Pacheco, sócio da GK Ventures e responsável por investimentos na vertical de mudanças climáticas.
Esse é o primeiro investimento em mudanças climáticas da GK Ventures, que captou R$ 400 milhões em 2021 em um fundo para investimentos de impacto em companhias já estabelecidas e em crescimento nos setores de educação, saúde e mudanças climáticas.
A atuação da GK Ventures será voltada ao suporte na implementação do plano de expansão dos ativos, soma de esforços comerciais para ampliar o alcance das soluções oferecidas pela Rolth e Sulminas, auxílio na contratação de executivos-chaves, além de aprimorar a governança e o monitoramento de resultados.
A Rolth foi criada há quase 10 anos e é focada em tratar escória de aciaria, um rejeito produzido pela indústria siderúrgica, transformando esse passivo ambiental em três subprodutos principais: metálicos, que são vendidos de volta para indústria siderúrgica e sucateiros; agregados siderúrgicos, utilizados para a produção de artefatos como concreto e bloco de paver; e ainda óxido de cálcio e magnésio, insumos para a produção de fertilizantes.
Protegida por uma patente que já é válida em diversos países, a companhia oferece solução “aterro zero” para um passivo que atualmente fica acumulado no pátio das siderúrgicas no mundo todo, sem usar água e a partir de temperaturas muito mais baixas do que outras soluções parciais existentes no mercado. Embora a companhia seja pré-operacional, esta detém um contrato vigente com a ArcelorMittal, prevendo o tratamento de toda a escória de aciaria produzida pela planta da siderúrgica no município de Resende, no Rio de Janeiro.
A Sulminas, por sua vez, opera na valorização do descarte da produção de pedra ornamental em São Tomé das Letras, no estado de Minas Gerais, onde desenvolveu um método de transformar o rejeito em areia de sílica, insumo que é chave na produção de vidro, além de ser amplamente utilizado na indústria de construção civil. A transformação também é feita sem o uso de água e configura uma alternativa importante à mineração de areia de sílica, um processo poluente com um elevado componente de emissão de gás carbônico.
* Foto destaque: Thomaz Pacheco, sócio da GK Ventures
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