Me lembro quando “janela” era apenas um vão na parede de casa ou uma abertura na porta do carro. Nesse exato momento, a tela do meu computador tem dezenove janelas abertas. Texto em espanhol, vídeo em português, dados em inglês. Em alguns minutos, uma nova janela vai se abrir para me conectar a um time de pessoas espalhadas por diferentes estados do Brasil.
Uma cena cotidiana da Era da Informação, período que, desde 1950, vem nos conduzindo a lugares antes inimagináveis. As mudanças acontecem em um ritmo cada vez mais veloz. As diversas transformações tecnológicas e digitais – que já ocorreram e as que ainda estão em curso – apontam uma tendência muito clara: a Inteligência Artificial chegou para agregar e recalcular a nossa rota em direção a um futuro que já está em construção. Nesse contexto, contribui em foco para a estratégia e em entregas cada vez mais ágeis e assertivas.
Em “24 anotações para 2024”, Silvio Meira (cientista, professor e uma das maiores vozes da inovação em negócios do Brasil), prevê um ecossistema no qual a convergência entre a Internet das Coisas (IoT) e a Internet das Pessoas (IoP) transcendam as barreiras físicas, digitais e sociais, integrando ainda mais os seres humanos e o ciberespaço. Diante dessa nova realidade teremos desafios, mas também muitas oportunidades, sobretudo quando se trata de recursos humanos.
E que revolução passa a gestão do capital humano! Além do investimento das organizações na capacitação dos colaboradores para atuarem com as tecnologias emergentes, há outras demandas cruciais. A gestão dos benefícios associada à criação de ações para fortalecer o clima organizacional estão entre os desafios. E, na minha visão, equipes mais produtivas, eficazes e engajadas também são resultado de uma mudança de mindset.
Esse ajuste de realidade está acontecendo em tempo real. Minha perspectiva é de que a IA amplia a capacidade humana, de forma colaborativa. Entender a lógica da programação, da análise e interpretação de dados e do funcionamento dos algoritmos é uma demanda para quem se prepara para o presente-futuro. Por isso, a aprendizagem contínua, o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de solucionar problemas – habilidades indispensáveis para coexistirmos com a tecnologia em todos os aspectos da vida – são tão essenciais.
A IA promove processos de recrutamento e seleção cada vez mais assertivos, gerando eficiência e aumento de performance nas organizações. É, também, uma excelente ferramenta para a gestão de desempenho, altamente estratégica, com a capacidade de aprimorar lacunas de habilidades das equipes.
Neste momento, devemos enxergar a IA como uma aliada, que nos ajudará a lapidar ideias e conteúdos, bem como a entregar tarefas operacionais com mais agilidade. Os avanços tecnológicos devem ser orientados às pessoas, para que elas se sintam seguras e confortáveis em aprender sobre este novo momento, pois ainda existem receios acerca de qual será o impacto dos avanços da IA no mercado de trabalho.
De acordo com um estudo da Page Interim, por exemplo, três em cada quatro brasileiros acreditam que seus empregos serão substituídos pela inteligência artificial. Empresas e líderes devem levar isso em consideração, para que a IA não seja tratada como um tabu dentro das suas equipes.
Sem dúvida, o que precisamos buscar é o equilíbrio entre a tecnologia e a sensibilidade humana, entre a automação e a empatia. Um grande desafio que trará muito aprendizado para todos nós, concordam?
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