Em julho, o BrazilLAB, primeiro hub govtech do Brasil que atua para fomentar a cultura de inovação no governo, lançou um programa chamado ‘Força-Tarefa Covid-19’, como o objetivo de acelerar soluções tecnológicas de startups, pequenas e médias empresas que possam apoiar o poder público a enfrentar os desafios causados pela pandemia.
Devido ao sucesso da iniciativa e o número de startups, pequenas e médias empresas que se inscreveram, a aceleradora anunciou a segunda edição do projeto Força-Tarefa Covid-19, dando seguimento aos resultados positivos da primeira edição que mapeou e acelerou soluções GovTech essenciais para o momento atual e para os desafios que ainda virão.
“No primeiro batch, tivemos mais de 130 inscrições de startups, pequenas e médias empresas, sendo três internacionais, que possuem soluções tecnológicas para as frentes que o programa contempla. Dezessete estados e o Distrito Federal foram representados. Considerando essa alta procura por parte dos empreendedores e também a alta demanda por parte dos gestores públicos, que buscam por soluções tecnológicas que possam apoiar o enfrentamento dos desafios atuais, decidimos abrir uma nova edição. Nesse momento, precisamos mais do que nunca da força empreendedora”, explica Letícia Piccolotto, fundadora e CEO do BrazilLAB.
Assim como no primeiro batch, a segunda edição do Força-Tarefa Covid-19 continua a buscar startups, pequenas e médias empresas que tenham soluções em três principais áreas, são elas, educação, inclusão produtiva e digitalização do poder público, dada a qualidade de soluções em digitalização que foram inscritas e a relevância crescente de esforços nessas áreas para os governos.
Para a vertical de educação, o BrazilLAB busca soluções comunicação e novas tecnologias, educação em saúde e melhoria do processo de aprendizado. Já para o tema de inclusão produtiva, as soluções tecnológicas devem proporcionar, por exemplo, o desenvolvimento de tecnologias para o empreendedor rural, empreendedorismo feminino, qualificação profissional de mulheres, negros e jovens.
Dessa vez, para a terceira vertical, digitalização do poder público, a grande novidade é ênfase na busca por tecnologias para gestão de dados e da informação, especialmente na área da saúde. O programa busca soluções tecnológicas que garantam, por exemplo, a segurança e análise de dados de prontuários eletrônicos, a redução da burocracia em programas como o Estratégia Saúde da Família (ESF), o atendimento de qualidade ao cidadão, a prevenção na atenção à saúde primária, atenção secundária a pacientes crônicos, gestão hospitalar, conectividade e prevenção de novas pandemias.
“Ouvindo nossa rede de gestores públicos municipais conseguimos identificar o quanto as soluções para a área da saúde estão e continuarão sendo fundamentais. É preciso considerar que a fase aguda da pandemia ainda não terminou, assim como entender que as soluções tecnológicas incorporadas agora poderão apoiar a resolução de outros problemas na área. Por esse motivo, na vertical de digitalização do poder público, estamos em busca de soluções inovadoras para a saúde pública”, disse Letícia Piccolotto.
As ações da força-tarefa devem incluir o diagnóstico das demandas dos governos e da sociedade, a curadoria de soluções inovadoras e de impacto, a oferta de mentorias e sugestões de aprimoramento de seus modelos de negócio, além da conexão das iniciativas ao setor público. Cabe também destacar que os resultados serão avaliados ao longo do programa.
“Consideramos que a demanda para que repetíssemos a dose é um indicador muito positivo de que o primeiro Força-Tarefa Covid-19 foi bem-sucedido em buscar soluções aplicáveis aos desafios do momento atual. Não estamos medindo esforços para fazer esse programa acontecer e trazer resultados importantes para a nossa sociedade”, conclui Piccolotto.
Resultados da primeira edição do Força-Tarefa Covid-19
Na primeira edição do Força-Tarefa Covid-19, a maioria dos inscritos (40%) das inscrições se concentraram na vertical de digitalização do poder público, 39% das inscrições vieram de empresas que queriam trazer tecnologias para educação, com soluções para ensino a distância, capacitação profissional, desenvolvimento de habilidades e competências do século XXI e também democratização do acesso à educação, enquanto que 21% das empresas estavam dispostas a levar tecnologias voltadas ao desenvolvimento de microempreendedores, criação de oportunidades para o trabalho de jovens, desenvolvimento do empreendedor rural e engajamento de empresas em conexão com profissionais.
Uma novidade foi o aumento de mulheres na liderança dessas startups. O crescimento foi de 6% se comparado com o programa de aceleração anterior, sendo 24% das mulheres à frente dos negócios contra 82% de homens. A maturidade das empresas também foi um fator de destaque: houve um aumento expressivo na proporção de startups já em escala ou consolidadas, que representaram 76% do total. Outro número que mostra o amadurecimento do setor está refletido no faturamento. De acordo com Letícia, 8% das inscritas possuem mais de R$5 milhões em faturamento, 18% têm entre R$ 1 milhão a R$ 5 milhões e 29% das inscritas já faturavam entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão. Apenas 16% das empresas inscritas declararam não possuir faturamento.
As inscrições para a segunda edição da Força-Tarefa Covid-19 vão até o dia 13 de outubro. Para acessar mais informações, incluindo o regulamento, etapas previstas e startups aceleradas nas edições anteriores, acesse o site do projeto.