No Insights – novo quadro do Startupi – mensalmente teremos entrevistados como empresários, celebridades, influenciadores, investidores e empreendedores que alcançaram o êxito em sua carreira, seja com a criação de uma startup ou empresa revolucionária, aquisições memoráveis, investimentos estratégicos, visão fora da curva ou o tão esperado EXIT.
Para a estreia, o convidado é Flávio Augusto, empresário – fundador da Wiser Educação, responsável por empresas como Wise Up, MeuSucesso.Com e Geração de Valor.
Aos 19 anos, Augusto vendia cursos de inglês e depois abriu sua própria escola – a Wise Up, que decolou no País todo, depois vendeu por milhões e recomprou por muito menos. Também foi proprietário do clube de esporte Orlando City e depois vendeu por muito mais milhões.
Confira alguns pensamentos compartilhados pelo empreendedor:
Construção de ideias
Para Flávio, a construção de ideias vem do resultado de questionamentos e do interesse de resolver problemas. “Uma solução surge do interesse de entregar algo mais rápido, barato e inovador para os seus clientes. A partir do momento que você questiona problemas, você encontra novas ideias”, explica.
Se essas soluções forem valiosas, elas serão monetizadas e eventualmente podem se tornar um produto. Para aqueles que já atuam a mais tempo no mercado, há um feeling e uma visão clara do que pode funcionar ou não, mas o empresário diz que no final do dia, o mais importante é testar seu novo produto com clientes, só assim para saber se algo realmente funciona. “Não podemos ter medo de ousar, de testar e de querer inovar porque algo não deu certo.”
Pandemia e seu negócio
O fundador da Wiser afirma que a pandemia foi o período mais difícil que já passou na vida. Eles tinham 420 escolas físicas – sendo 95% delas operadas por franqueados – e não havia possibilidade de funcionamento, por conta da quarentena. Com o fechamento das escolas, eles ficaram impossibilitados de atender o cliente existente e de fazer novas vendas.
Porém, o empreendedor criou estratégias considerando que o comércio ficaria fechado por pelo menos um ano. “Nós trouxemos soluções online e quando o franqueado pudesse abrir, estaria liberado, mas por enquanto teria esses produtos para direcionar e vender para os seus clientes”, afirma Flávio.
Muitos mergulharam de cabeça na ideia, alguns não acreditaram que a pandemia seria tão duradoura e “pagaram para ver” e depois abraçaram as soluções e aqueles que não acreditaram não sobreviveram. “Foi um trabalho desafiador, mas ter agido rapidamente e considerando a hipótese mais grave, foi o que nos deu capacidade de virar o jogo.”
Aquisições de startups
O empreendedor classifica a Wiser como um hub de edtechs – plataforma tecnológica já madura e robusta com diversos canais de envolvimento – e há grande interesse da empresa em ampliá-lo para além do inglês e voltado para empregabilidade.
“Sempre fomos voltados para o inglês que tem a ver com empregabilidade. A pessoa que fala inglês tem mais oportunidade de trabalho e pode ter um salário 62% maior. Mas agora estamos ampliando o escopo para outras áreas e entendemos que é fundamental plugar essas edtech no nosso hub”, cita Flávio.
Nos últimos meses, a empresa adquiriu startups e empresas voltadas para soft skills, preparatório de cursos e Enem, habilidades de vendas, entre outras áreas, e hoje estão abertos para adquirir soluções voltadas à tecnologia, inovação e educação.