Durante o Bossa Summit, evento realizado pela Bossanova Investimentos em São Paulo, um dos temas mais debatidos durante o primeiro dia foi equity. Flávio Augusto, fundador da Wise Up, e Thiago Nigro, do grupo Primo, conversaram com a plateia sobre o assunto.
“Eu sempre procurei encorajar o empreendedor a ter uma visão sobre equity na construção de valor do seu negócio. Primeiro você vende valor, depois produto e, em um terceiro momento, equity da sua empresa”, comenta Flávio Augusto.
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Ele afirma que os empreendedores latinoamericanos, especialmente os brasileiros, precisam aprender a “desapegar” de suas empresas e abrirem a cabeça para as possibilidades de um exit. “A ideia de vender um negócio, para nós, é quase que contraintuitiva. A gente pensa que se a pessoa vendeu um negócio, é porque o negócio deu errado. Mas só existem três destinos para uma empresa: ela quebra, é herdada ou vendida. A gente precisa aprender a construir riqueza com participação acionária”, afirma.
O empresário passou a investir em startups recentemente. Em dezembro de 2022, o comitê da Bossanova liderado por Thiago Nigro anunciou a entrada de Flávio Augusto. O comitê é focado em startups early stage e já tem dezenas de startups no portfólio. Além disso, a Wiser Educação também está investindo fortemente na criação de um ecossistema de startups ao seu redor. “Eu amo empreender no Brasil, quero investir meu capital intelectual nessa juventude, porque me dá um prazer muito grande ver essa nova geração com o olho brilhando e fazendo as coisas acontecerem.”
Diversificação de porfólio
“A gente não tem como prever o futuro. Então, a única solução para garantir sucesso no portfólio é diversificar os investimentos”, diz Thiago Nigro. “E nada é mais rentável que investir em negócios”. Ele também participou do primeiro dia do Bossa Summit e compartilhou com os participantes sobre sua trajetória.
“Aos 26 anos eu vendi meu primeiro negócio e desfrutei do poder do equity. Quando eu descobri o poder do equity, eu passei a construir algo que teria mais valor no futuro do que teria hoje. Quem abre mão do futuro pelo hoje, tem que lembrar que o futuro vai chegar. Não existe caminho mais rápido para enriquecer do que pensar no longo prazo”, diz.
Para ele, existem sete pilares que dão valor a um negócio. São eles:
1: diversificação de receita: “ninguém imaginou o que aconteceria com a Americanas, e de uma hora pra outra deu aquele problema. É essencial diversificar ativos, classe de ativos e moeda.”
2: Receita recorrente: “se você tem, seu negócio vale muito mais”.
3: Risco de continuidade: “ninguém vai comprar um negócio com medo de que ele não exista amanhã. É preciso diminuir esse risco”.
4: Tamanho de mercado endereçável: “eu não quero comprar uma empresa que atingiu a sua maturidade. Eu quero uma empresa que tende a crescer”.
5: Governança: “antes de qualquer coisa, é preciso de uma empresa que tenha organização”.
6: Moat: “você precisa de um ‘poço’, como os que ficavam em volta dos castelos para ninguém conseguir entrar. O que faz sua empresa única? O que só você tem?”.
7: Growth: A” empresa precisa crescer. Ponto. Ela tem que estar em movimento. Um bom colaborador prefere estar em uma empresa pequena que cresce do que uma grande que está estagnada.”
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