A Flapper, startup que oferece voos executivos sob demanda, anunciou a captação de R$ 2,5 milhões via equity crowdfunding. A oferta é um complemento a uma rodada Series A, que vai ser anunciada até o final do ano, e contribuirá com a expansão internacional da empresa pela América Latina, além de investimentos com marketing e novas contratações na parte de tecnologia.
Paul Malicki, CEO da Flapper, contou que a empresa foi fundada em 2016 com a missão de democratizar a aviação executiva. “Nós queremos facilitar o acesso a aviação executiva e conectar os aeroportos inacessíveis à aviação comercial”, ressaltou.
Operando atualmente com voos compartilhados entre São Paulo e Angra dos Reis, a Flapper também teve um papel importante no início da pandemia onde participou de missões internacionais para ajudar os brasileiros que estavam presos em outros países a retornarem ao Brasil.
Na época, a startup teve um aumento na demanda por voos internacionais: 70%, comparado ao mesmo período de 2019. De acordo com o empreendedor, no entanto, os voos de lazer domésticos, aeromédicos e de carga foram os destaques do segundo semestre. “No mês de outubro crescemos 260% comparando com o ano passado (receita). A maior surpresa é o crescimento de voos compartilhados para o litoral norte. Tem uma forte tendência de migração de grandes centros urbanos para cidades do litoral”, explicou.
Assim, o investimento captado via equity crowdfunding chega em um momento de aceleração e antecede uma rodada de investimento Series A que deve ser anunciada até o final do ano.
A campanha, que ofertou 5,8% da empresa, foi feita pela plataforma SMU Crowdfunding e os R$ 2,5 milhões foram captados em 7 dias com a participação de 191 investidores. Segundo Paul, a escolha por essa modalidade veio também a pedido de seus clientes.
“Muitos de nossos clientes têm alto poder aquisitivo, e tínhamos um grande fluxo de pedidos para que a Flapper abrisse uma parte de nosso equity a terceiros. Foi uma boa experiência para treinarmos para um possível futuro IPO”, contou o empreendedor.
Com escritórios em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, os recursos captados ajudarão a startup na expansão internacional pela América Latina, além de investimentos com marketing e novas contratações na parte de tecnologia. “Planejamos abrir mais duas rotas ainda esse ano. Os planos de expansão incluem a América Latina, mas especificamente para Colômbia, Chile, México e Argentina”, revelou Paul.
Em 2019, a startup teve um aumento de 251% e a meta este ano é manter o crescimento em 3 dígitos. Com um rápido crescimento de solicitações durante a pandemia, Paul revelou que a startup já está bem acima do faturamento do ano passado colocando-a no caminho certo para atingir a meta.
Por fim, o empreendedor disse também que a startup já passou por outros investimentos, incluindo friends & family, feito pelos cofundadores; investimento-anjo, com a participação de Fabio Cristilli, ex-vice-presidente da TIM; aceleradoras e pela Confrapar, como fundo de venture capital . “Esse aporte faz parte do nosso round maior, no nível de Series A”, concluiu.