Segundo dados da pesquisa “Qual o custo de provar que você é você”, realizada pelo Instituto Locomotiva a pedido da Unico, da aquisição de um produto em uma loja a troca de titularidade em contas de luz, gás ou serviços de telefonia, 81% da população afirma ter enfrentado alguma dificuldade relacionada à comprovação da própria identidade em situações de consumo.
A necessidade de fazer cadastro, por exemplo, foi a razão pela qual 42% das pessoas já desistiram de fazer alguma compra. Ainda de acordo com o levantamento, 61% afirmam que perderam dinheiro devido à burocracia na hora de consumir.
Quase metade (48%) dos que responderam já pagou mais caro em uma compra online porque não quis perder tempo criando cadastro em uma nova loja. Deixar de usufruir de desconto ao qual tinha direito em lojas, estacionamentos e farmácias por não estar portando documento de comprovação no momento é citado por 36% dos entrevistados.
Oito em cada dez afirmam que já perderam tempo ao ter que ir presencialmente contratar ou alterar um plano de consumo de telefonia. Sete em cada dez afirmam que perderam dinheiro porque não conseguiram comprar, vender ou alugar um automóvel, por não portarem um documento de identificação na hora de realizar essa tarefa.
A pesquisa também revelou que 90% da população brasileira, se pudesse, resolveria tudo pela internet e, para 85%, é mais fácil resolver burocracias online. Além disso, sete em cada dez brasileiros são a favor da utilização de formas digitais de identificação, como o reconhecimento facial, para acessar lojas ou serviços de sua escolha.
Para Paulo Alencastro, VP executivo e cofundador da Unico, os dados revelados pela pesquisa apontam o enorme potencial de crescimento que segmentos como o de varejo poderiam ter com a ascensão de tecnologias de identidade digital. “A adoção da ID digital em diversos setores da economia tem o potencial não apenas de tornar as transações mais seguras para pessoas e empresas, mas também de tornar mais simples a jornada de consumo, facilitando o acesso da população a bens e serviços”, avalia.
A pesquisa ouviu 1.561 pessoas, em todo território nacional, com mais de 18 anos, das classes A à D e com acesso à internet.