Durante o Cisco Connect Brasil, maior evento da Cisco no país, a gigante de tecnologia apresentou os dados do seu primeiro Cybersecurity Readiness Index (Índice de Preparação para a Cibersegurança). O estudo aponta que apenas 26% das organizações no Brasil estão no nível maduro de preparação necessária para serem resilientes contra os atuais riscos de cibersegurança.
Conduzida por uma empresa terceirizada independente, a pesquisa pediu a 6.700 líderes de segurança cibernética do setor privado, em 27 mercados, incluindo o Brasil, que indicassem quais dessas soluções eles haviam implantado e o estágio de implantação. As empresas foram então classificadas em quatro estágios crescentes de preparação: iniciante, em formação, em progressão e maduro.
O relatório destaca em quais áreas as empresas estão indo bem e em quais as defasagens de preparação para a segurança cibernética aumentarão se os líderes globais de negócios e segurança não agirem.
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As empresas passaram de um modelo operacional amplamente estático – em que as pessoas se conectavam a partir de dispositivos individuais em um local, conectando-se a uma rede estática – para um mundo híbrido no qual trabalham cada vez mais de vários dispositivos em diferentes locais, conectam-se a várias redes, acessam aplicativos na nuvem e geram uma enorme quantidade de dados. Isso apresenta novos desafios novos de segurança digital para as empresas.
Índice de Preparação para Cibersegurança: principais resultados no Brasil
Ao lado da constatação de que apenas 26% das empresas estão no estágio maduro, 40% das empresas no Brasil se enquadram nos estágios Iniciante (5%) ou em formação (35%). Embora as companhias no Brasil estejam se saindo melhor que a média global (15% empresas no estágio maduro), o número ainda é muito baixo, dado os riscos.
O documento mostra ainda que 66% dos entrevistados no Brasil disseram esperar que um incidente de segurança cibernética interrompa seus negócios nos próximos 12 a 24 meses. O custo de estar despreparado pode ser substancial, já que 49% dos entrevistados locais disseram ter sofrido um incidente de segurança cibernética nos últimos 12 meses e 32% dos afetados disseram que ele gerou um custo de pelo menos US$ 500 mil.
“A mudança para um mundo híbrido transformou substancialmente o cenário para as empresas e criou uma complexidade de segurança cibernética ainda maior. As organizações devem parar de abordar a defesa com uma combinação de ferramentas pontuais e, em vez disso, considerar plataformas integradas para obter resiliência de segurança e reduzir a complexidade”, disse Jeetu Patel, vice-presidente executivo e gerente geral de segurança e colaboração da Cisco. “Só assim as empresas poderão reduzir a defasagem de preparação em relação à cibersegurança.”
Os líderes empresariais devem estabelecer um parâmetro de “preparo” para os cinco pilares de segurança para criar organizações seguras e resilientes. Essa necessidade é especialmente essencial, visto que 93% dos entrevistados no Brasil planejam aumentar seus orçamentos de segurança em pelo menos 10% nos próximos 12 meses. Ao estabelecer um parâmetro, as empresas podem desenvolver seus pontos fortes e priorizar as áreas em que precisam de mais maturidade e melhorar sua resiliência.
“Os ataques cibernéticos estão cada vez mais sofisticados e para que as empresas estejam preparadas para enfrentar esse grande volume de ameaças, é de suma importância não só que o time de profissionais de segurança tenha experiência no manejo de soluções para garantir a conectividade e proteger as informações do negócio, como também a infraestrutura de rede esteja robusta com inovações de segurança escaláveis e integradas para preservar toda a força de trabalho em qualquer lugar” ressalta Fernando Zamai, Líder de Cibersegurança da Cisco do Brasil.
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