Cresce nos EUA e na Europa (mas especialmente nos EUA) o movimento ‘maker’. Fazer coisas é cada vez mais ‘cool.’ Ser ‘hacker’ também é cool, especialmente no Vale do Silício. Mas cada vez mais, também, no Brasil.
Durante a temporada que passei na SU, conversei com Anish Mohammed, que é o líder global das práticas de data analytics e segurança de dados Accenture. Anish também é um ‘hacker’ e ‘maker’ super ativo em Londres e na Califórnia.
Falamos sobre a democratização da tecnologia. Com os padrões de hardware aberto e o crescimento da impressão 3D será cada vez mais fácil para ‘pessoas comuns’ (ou seja, sem um treinamento em áreas tecnológicas) terão, cada vez mais, a chance de engendrar, construir, fabricar, fazer coisas!
Dois exemplos:
Primeiro, hoje já é possível que qualquer pessoa acesse um site como o Thingiverse, faça o download de um desenho e imprima em casa. Imagine as enormes possibilidades que surgirão com a popularização das impressoras 3D e a queda dos seus preços – e isso acontecerá rápido, fiquem de olho! Muitos novos negócios de impressão, comercialização de projetos/desenhos (marketplaces), crowndsourcing de design e outro irão surgir.
Segundo, as plataformas abertas de hardware tem possibilitado o surgimento de uma série de novas aplicações e startups. A partir do sucesso o Arduino, surgiram várias novas placas e plataformas – veja um post recente da Make sobre 10 novas placas para ficar de olho. Já pensou em construir o seu robô ou drone? Está cada vez mais fácil! Veja algumas das soluções, ideias e projetos que rolam na comunidade DIY Drones.
O movimento maker surgiu em 2006/2007 e tem crescido bastante no mundo. A Make Magazine é um veículo dedicado a esse público, que cresce também no Brasil. Depois o Garoa Hacker Clube, de São Paulo, tem surgido novos hacker spaces no Brasil. Veja uma lista de hackerspaces brasileiros compilada pelo pessoal do Garoa. Imagine quantas ideias, inovações e startups virão daí? Investidores, fiquem de olho!
A conversa com o Anish girou por esse tema, mas também tratamos do que está acontecendo com big data e as implicações disso para negócios e as vidas de todos nós (privacidade – já ouviu falar?).
O que há de novo agora na cena hacker é a criação de espaços de biohacking. Na SU utilizamos o espaço do BioCurious para desenvolver atividades dos projetos que envolviam biotecnologia, como por exemplo este da MirOculus. O surgimento de bio hacker spaces é uma novidade apontada pelo Anish. Será que já temos algo assim no Brasil? Alguém conhece? Avise!
Vem muita inovação por aí!
Confira a entrevista.
Imagem: autor desconhecido – fanpage do Garoa.
Comentários ou opiniões expressados neste site são de responsabilidade do autor. As visões não necessariamente representam as da Singularity University, seus gestores ou colaboradores. A Singularity University não é responsável pela confiabilidade do conteúdo expressado pelo autor.
Singularity University, 10^9+, Ten to the Ninth Plus, marcas relacionadas e logomarca são de propriedade da Singularity University e são registrados e/ou usados nos Estados Unidos e em outros países.