Nos últimos anos, as escolas brasileiras começaram a conhecer e entender o que é o ensino maker e como ele pode ser favorável para a grade curricular. Com o impacto da pandemia da covid-19 na educação, esse método passou a fazer parte da rotina de muitos alunos e professores de todo o país. A metodologia que desenvolve a criatividade e outras competências complementares ao currículo tradicional já ajudou 50,4% das escolas particulares a melhorarem o engajamento dos alunos após a implementação.
É o que diz a 1ª Pesquisa Nacional do Impacto do Ensino Maker na Educação, realizada pelo Nave à Vela, empresa educacional de soluções maker, que desenvolveu o NAV Digital, plataforma de atividades maker voltadas para estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. A pesquisa foi aplicada durante o mês de agosto, com 200 escolas particulares do país. Baseado no conceito “faça você mesmo”, que tem como princípio aprender colocando a mão na massa, o ensino maker propõe um aprendizado por projetos a partir da construção de protótipos, ganhando ainda mais força quando são apresentadas de forma integrada com a grade curricular da escola.
Apesar da metodologia ainda ser considerada nova no mercado, 65,8% das instituições acreditam que houve melhora na capacidade socioeducacional dos alunos após adotarem o ensino maker. Os dados mostram ainda que 70,9% das instituições perceberam que os alunos passaram a executar melhor as atividades do dia a dia.
“A resolução criativa de problemas e realização de projetos, junto às competências socioemocionais, como autonomia, empatia e colaboração, são algumas das principais características do ensino maker, fazendo com que os alunos se tornem responsáveis pelo seu processo de aprendizado, além de trazer para a rotina dos estudantes soluções de problemas que os jovens podem vivenciar no dia a dia ou até mesmo no futuro”, comenta o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Nave à Vela, Bruno Ferrari.
Ainda segundo o levantamento, os professores também são grandes beneficiários desse formato de ensino, além de serem pilares fundamentais no processo de adaptação e execução das aulas. A pesquisa mostra que 67,5% dos responsáveis das instituições notaram que os professores estão mais engajados após a implementação do ensino maker. “A ideia é que as aulas online complementem as presenciais e não sejam apenas repetições do mesmo conteúdo. Assim, uma modalidade interage com a outra, havendo mais aproveitamento do ensino por parte dos dois lados: professores e estudantes”, reforça o diretor.
Com o processo de entendimento dos benefícios e o grande aproveitamento dos conteúdos apresentados, 85,5% das escolas têm a intenção de manter o ensino maker na grade curricular em 2021. “A educação no Brasil está caminhando para uma aprendizagem com mais participação da tecnologia. No entanto, o objetivo é que os dois processos de ensino se complementem e proporcionem uma aprendizagem mais eficaz e motivadora”, afirma Bruno Ferrari. “O foco de ensinar de maneira mais dinâmica, prática e divertida tem guiado muitas escolas inovadoras a proporcionarem uma aprendizagem mais contextualizada com as demandas atuais do mercado de trabalho, estimulando o desenvolvimento socioemocional junto da criatividade, responsabilidade e capacidade de tomada de decisão”, completa.