O TC, plataforma de educação financeira, análise de dados e inteligência do mercado de capitais, anunciou a compra da Abalustre, startup que viabiliza a adoção e integração de tecnologias para investimentos. O objetivo da adquirente, que já possui serviços, produtos e uma comunidade voltados ao investidor pessoa física (PF), é expandir e diversificar o negócio, oferecendo uma nova gama de serviços e soluções também para o investidor institucional.
“A aquisição da Abalustre marca a estreia do TC no segmento B2B, com um conceito API-first. Seu fundador, Marcelo Bissuh, é referência na comunidade de tecnologia, empreendedor nato que hoje conta com um time comprometido com a missão de trazer o que há de mais moderno em termos de tecnologia para o investidor institucional, bancos, fintechs, instituições de ensino e assessores de investimentos. Vamos entregar a nova fronteira em dados estruturados e não estruturados para todo o mercado, além do uso de toda essa inteligência no próprio TC em novos produtos e funcionalidades, fechando finalmente o gap que existe hoje no Brasil em relação aos mercados desenvolvidos”, afirma Pedro Albuquerque, CEO do TC.
Marcelo Bissuh – também fundador da ticketeira Ingresse.com, Empreendedor Endeavor e agora CTO da nova área de B2B do TC – explica que sua startup oferece uma plataforma para integração de fontes de dados, permitindo que empresas de investimento adotem ou se integrem facilmente a outras organizações do universo de investimentos e bolsas de valores. Fornece também um aplicativo baseado em nuvem rápido, confiável e pronto para usar, permitindo que seus clientes comecem a trabalhar com as mais modernas soluções em tecnologia de investimento. Em resumo, a plataforma consegue integrar dados financeiros e criar conexões com base em APIs.
“Existe mais tecnologia num simples feed de uma rede social do que na maioria das assets do mercado financeiro brasileiro. A Abalustre é uma empresa que nasceu com foco em trazer essa tecnologia, que para muitos outros mercados é commodity, para a mesa de operações. Hoje, quando chega o período de entrega de resultados, um analista tem que ler uns 20 relatórios. Por que isso não pode ser feito de forma automatizada?”, indaga Bissuh.
A Abalustre analisa esses pequenos dados, cria ferramentas e automatiza tarefas que levariam horas e muito esforço intelectual para serem feitas. “A startup tem essa visão e expertise em tecnologia, com foco em produto e usuário. Trazer isso para o universo do TC contribui para nosso objetivo de ser a primeira plataforma ‘one-stop-shop’ para investidores PF e, agora, alcançando também os investidores institucionais”, ressalta Albuquerque.
Essa transformação não se restringe apenas ao ecossistema do TC, mas pode revolucionar todo o mercado, já que empresas de investimentos poderão potencializar suas estruturas tecnológicas com as modernas ferramentas desenvolvidas pela Abalustre. “Por meio de APIs bem elaboradas e abertas, expandimos o TC como plataforma para que soluções mais completas cheguem mais rápido nas mãos dos investidores”, completa Bissuh. Além do CTO, 18 desenvolvedores e engenheiros de dados passarão a integrar a equipe com a finalidade de acelerar a nova etapa de expansão do negócio.
Com a aquisição, a Abalustre se tornará sociedade limitada unipessoal controlada pelo TC, passando a fazer parte do ecossistema de companhias ligadas à plataforma, como a central de notícias Mover, o braço de análise e consultoria de valores mobiliários TC Matrix e a empresa de software contábil Sencon.
Na negociação, o TC adquire a totalidade das quotas representativas do capital social da Abalustre e o valor total da compra será ajustado de acordo com as variações da cotação das ações do TC, até o quarto aniversário da transação, dentre outras condições usuais de mercado. Considerando a atual cotação da companhia na B3, a transação alcançaria o valor aproximado de R$ 6,7 milhões. Essa é a primeira aquisição do TC advinda dos recursos obtidos com a abertura de capital na bolsa de valores, em julho. Do montante arrecadado com oferta na bolsa, 60% serão destinados para aquisições.
Foto de destaque: Pedro Albuquerque, CEO do TC.