Nos últimos dois anos, a pandemia – diante da emergente necessidade de rápida transformação digital – fez com que tantos os cidadãos comuns quanto as corporações tivessem de se adaptar a novos hábitos, forçando uma maior adição da tecnologia. No período, diversas empresas deram espaço e até mesmo clamaram por digitalização, escalabilidade e otimização de processos em busca de alternativas para sobreviver à crise.
Nesta linha, um assunto que vem repercutindo bastante é o fenômeno da nova economia, colocando o ecossistema de tecnologia e as startups nos holofotes. No Brasil, somente no último ano, as empresas tech receberam o total de US$ 9,4 bilhões em investimentos, um valor que ultrapassa a soma total dos últimos 5 anos, segundo relatório produzido pelo Distrito, plataforma de transformação digital que conecta empresas e startups acelerando e trazendo melhores resultados.
A dinâmica que permeia este mercado é a forte atuação com internet, energia renovável e adoção de um sistema onipresente e descentralizado, que conecta tudo e todos. As startups trazem uma organização mais distribuída, mais colaborativa, mais aberta, mais transparente e mais bem desenhada para escalar.
Para atualizá-los sobre o tema, conversamos com o Cofundador e CRO do Distrito, Gustavo Araujo, que compartilhou algumas tendências de inovação para 2022. Confira os principais pontos:
Destaques do ecossistema de inovação e Venture Capital em 2021
O recorde de aportes em 2021 e os valores mais robustos representam a maior maturidade do ecossistema brasileiro, de acordo com o Distrito. As fintechs continuam dominando as rodadas de investimento no Brasil, seguidas das retailtechs e proptechs. De 2022 em diante, a empresa acredita que as fintechs continuarão atraindo a maior parte dos aportes.
“As inovações que conseguimos nos últimos 10 anos, com todas as regulações de fintechs, ainda estão no começo do impacto. Essas tecnologias vão ter ainda mais duas décadas no mercado financeiro”, explicou Araujo.
Outro destaque de 2021 foram os M&As – fusões ou aquisições de startups por grandes corporações. As empresas aprenderam que isso acelera muito o seu processo de transformação digital, adquirindo times e produtos que já estão prontos. Foram 257 M&As durante o ano.
Por que ter uma estratégia de Corporate Venture Capital?
O Corporate Venture Capital pode ser uma excelente estratégia para a transformação digital. Existe uma expressão no mercado de Venture Capital que é “eyes and ears”, ou seja, você consegue colocar os seus olhos e os seus ouvidos em mercados novos. O seu braço de venture capital corporativo pode ser um excelente instrumento para isso.
Então, imagina que você quer começar a aprender sobre fintechs, você quer começar a aprender sobre dar crédito ou Blockchain. Você pode fazer isso colocando uma pequena alocação de capital em empresas que estão trabalhando com essas tecnologias ou nesses mercados, assim você se força a aprender também de uma maneira mais acelerada, segundo o CRO do Distrito.
“Seu aprendizado vai vir da convivência com essas empresas, do dia a dia delas, da interação com os empreendedores que estão tocando esses negócios”, explicou. Também pode ser uma boa estratégia para avaliar se futuramente essa empresa vale uma aquisição.
Por que o modelo de SaaS atrai cada vez mais investimentos de risco?
O significado da palavra SaaS é Software as a Service. Seria a venda do software não como propriedade, mas como serviço. Segundo o Distrito, é um modelo que tem dominado cada vez mais o mercado de tecnologia pela economia que a empresa tem.
“É mais fácil de implementar, por estar pronto, é mais barato, porque você está pagando uma fração muito menor por ser um aluguel e é uma maneira de trazer estabilidade para algoritmos e aplicações”, afirmou Gustavo ao dizer que o SaaS é um grande potencial para os próximos anos em diversos setores, como financeiro, marketing, vendas, logística e agro.
As 4 maiores falhas do processo de Transformação Digital
A primeira falha do processo de transformação digital é achar que pode delegar esta função. “Não dependa de terceiros para fazer a transformação do seu negócio. Você precisa aprender e fazer”, reforçou Gustavo.
Outro erro muito comum é as empresas não adotarem uma ferramenta profissional de inovação. Não dá pra inovar dependendo de PDF no WhatsApp ou buscando startup no Google. Adote uma ferramenta profissional de inovação para a sua companhia.
Gustavo citou o terceiro erro como “olhar para um projeto pontual”. É preciso avaliar os projetos e pensar em inovação a médio e longo prazo. Como criar um capability de inovação para que aconteça de modo paralelo em todas as áreas da empresa? Como empoderar cada área do negócio executivo para potencializar a inovação e fazê-la acontecer em cada departamento? Avalie as possibilidades e não pensem de maneira pontual.
O último erro apontado é não descentralizar o seu negócio. Descentralize a inovação e empodere cada executivo da sua empresa para que ele a implemente no seu business as usual (no dia a dia) da operação que ele comanda. A área de inovação existe, mas precisa ser uma área que capacite o resto da empresa, e não um setor avulso dos outros.
O papel do Distrito no processo de transformação das grandes empresas
Gustavo finaliza dizendo que o Distrito tem o papel de ser o sistema operacional de transformação das empresas. Há grandes empresas – como bancos, empresas de consumo, de construção, mercado de educação – que usam a plataforma como sistema operacional. “O Distrito hoje já é a ferramenta número 1 de transformação digital para essas empresas e empoderamos esses colaboradores e executivos com dados e ferramentas para que eles possam atuar de maneira mais eficiente”, explicou.
Hoje, na plataforma do Distrito, o gestor coloca um problema e a empresa faz o match com a solução que pode resolver. A empresa traz também todas as tendências e insights – como Metaverso, Web 3, criptomoeda, NFT, estratégias – que o empresário deveria se preocupar.
“Temos analistas que estão de olho em todos esses grandes movimentos e traduzindo quais são as decisões que você deveria tomar enquanto gestor de um de um negócio”, reforçou Gustavo, CRO do Distrito. “Então seja para antecipar próximos movimentos ou para de fato encontrar uma solução para um problema específico, o Distrito é a plataforma que faz com que as empresas sejam mais eficientes e efetivas em todo esse processo”.
Para saber mais sobre as tendências de inovação para 2022, baixe gratuitamente o guia de inovação e confira o vídeo completo do Gustavo Araujo.
Distrito compartilha tendências de inovação e explica seu papel na transformação das empresas
Startupi
Fundado em dezembro de 2008, o Startupi é o principal portal de conteúdo direcionado ao mercado de startups, inovação, investimentos e empreendedorismo no Brasil.