Em 25 de maio de 1977, chegava aos cinemas o primeiro longa-metragem da saga Star Wars – Guerra nas Estrelas, considerada uma das obras mais importantes para os fãs de ficção científica e todos aqueles que se consideram nerds e/ou geeks.
A data reuniu também os fãs de O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams, lançado em 1979, que une uma viagem intergaláctica com dicas de sobrevivência, humor e sarcasmo. Como um dos itens mais recomendados para tempos difíceis é a toalha, a data ganhou também o título de Dia da Toalha.
Mas independentemente de sabres de luz ou de toalhas, o Dia do Orgulho Nerd celebra todos aqueles que curtem o lado científico do entretenimento. Para o coordenador do Ensino Médio do Colégio Marista Paranaense, Marco Boin e sua equipe de professores, a data é uma boa oportunidade para incentivar a busca por conhecimento, inovações e descobertas em todas as áreas. “O mundo da ficção científica é enorme e tem muito conteúdo para agradar a todos os gostos. Livros, filmes, ou séries trazem boas doses de entretenimento com conhecimento para esse período pelo qual passamos”, comenta.
Confira a lista que a equipe de professores do Ensino Médio do Colégio Marista Paranaense recomenda:
Livros
Almanaque das curiosidades matemáticas – I. Stewart
O bom humor do matemático Ian Stewart dá o tom para temas aparentemente complexos e traz curiosidades como, por exemplo, por que não se pode dividir um número por zero e da história de Pitágoras (e seu teorema). Desde os 14 anos, o aclamado autor, que é professor emérito da Universidade de Warwick (Inglaterra), vinha colecionando, num caderno de anotações, suas observações interessantes sobre a matemática que depois foram reunidos nesse livro.
Breve história de quase tudo – Bill Bryson
Seu desconhecimento sobre o mundo foi o ponto de partida para que o escritor e cronista Bill Bryson explorasse dezenas de obras de pesquisadores e da ciência. Temas relacionados à física, geologia, paleontologia e outras disciplinas, da origem do universo até os dias de hoje, são tratados de forma leve e descontraída. A obra foi publicada em 29 países e vendeu 2 milhões de exemplares na Inglaterra.
Os botões de Napoleão – Penny Le Couteur e Jay Burreson
O estanho tem a ver com o fracasso de Napoleão na Rússia em 1812 porque os botões das fardas dos soldados eram fechados com esse metal e se esfarelavam em baixas temperaturas. Conheça diversos episódios históricos e descobertas científicas influenciados por grupos de moléculas neste livro da professora de química Penny Le Couteur e do químico industrial Jay Burreson.
Do Android Dreams of Electric Sheep – Philip K. Dick
Segundo o professor de Filosofia e Sociologia do Ensino Médio do Colégio Marista Paranaense, Edvan Cléder, “qualquer livro deste cara é um espetáculo”. No romance, disponível somente em inglês, a Terra é devastada e grande parte da população sobrevivente emigrou para os mundos-colônias. Rick Deckard é um caçador de recompensas cuja missão é eliminar androides que vivem ilegalmente na Terra. Seu sonho de consumo é trocar sua ovelha de estimação elétrica por um animal de verdade, e ele vê sua chance quando é escolhido para perseguir androides fugitivos de Marte. É neste momento que ele percebe semelhanças entre androides e humanos. O livro serviu de base para o filme clássico de ficção Blade Runner (1982), do diretor Ridley Scott, e Blade Runner 2049 (2017), dirigido por Denis Villeneuve.
Filmes
Guardiões da Galáxia
Filme da Marvel (distribuído pela BuenaVista/Walt Disney) lançado em 2014. Na história, Peter Quill (Chris Pratt) foi abduzido da Terra quando era criança e virou saqueador, ganhando o nome de Senhor das Estrelas. Ele rouba uma esfera, na qual o vilão da história, Ronan está interessado, e passa a ser procurado por vários caçadores de recompensas.
Para escapar do perigo, Quill une forças com quatro personagens fora do sistema e descobre que a esfera roubada é capaz de mudar os rumos do universo. O grupo precisa então proteger o objeto para salvar o futuro da galáxia. O filme foi a terceira maior bilheteira naquele ano (US$ 773 milhões) e se destaca pelas performances do elenco, as sequências de ação, a trilha sonora, os efeitos visuais e a direção de James Gunn. A sequência foi lançada em 2017, e o terceiro filme da série ainda não tem data para lançamento devido à pandemia do novo coronavírus.
Ex Machina: Instinto Artificial
O protagonista do filme, o jovem programador Caleb, é sorteado para passar uma semana na casa do CEO da empresa de internet em que trabalha (uma espécie de Google da ficção). Quando chega lá, no entanto, ele descobre que será o componente humano para um teste que vai determinar as capacidades e a consciência da robô Ava. Só que a inteligência artificial demonstra que tem mais habilidades dos que Caleb e o CEO imaginam. O filme é de 2015 do diretor estreante Alex Garland e vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Visuais, além de ter sido indicado para o Oscar de Melhor Roteiro Original em 2016.
Interestelar
A crise de recursos naturais na Terra obriga um grupo de astronautas a verificar possíveis novos lares para garantir a continuidade da espécie humana. A produção da Netflix, lançada em 2014, foi sucesso de bilheteria e recebeu críticas positivas quanto à precisão científica, trilha sonora, efeitos visuais e atuações de Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain e Mackenzie Foy. Recebeu cinco indicações ao Oscar de 2015 e venceu na categoria de efeitos visuais.
Séries
Black Mirror – Netflix, 2011
Cinco temporadas, todas disponíveis na plataforma de streaming, para você conhecer e refletir sobre o conflito entre a natureza humana (nem sempre boa) e a tecnologia de ponta que pode ser usada contra seus criadores. É uma forma interessante de olhar as inovações e seus efeitos no nosso dia a dia.
Upload – Amazon Prime, 2020
A história se passa em 2033, quando um jovem programador adquire um upload de sua pós-vida para aproveitar um pós-morte confortável no mundo virtual. A nova realidade permite inclusive comunicação com o mundo “real” por meio do smartphone. O upload da consciência deve ser feito antes da pessoa morrer e é vendido por empresas que dominam o mercado, portanto a vida no mundo virtual não é de graça. A série de Greg Daniels, o mesmo autor de “The Office”, mistura comédia, romance e ficção científica e discute o amor, a tecnologia e o capitalismo.