Dia 11 de agosto, é comemorado o Dia do Estudante. A data, que tem como objetivo mostrar a importância dos estudos na vida dos cidadãos, teve origem em 1827, quando Dom Pedro I, que era Imperador do Brasil, inaugurou os primeiros cursos de ensino superior no país, nas áreas de Ciências Jurídicas e Ciências Sociais, na cidade de Olinda (PE) e no Largo São Francisco, em São Paulo.
Passados quase 200 anos, tivemos diversos avanços ao longo da história, que revolucionaram o sistema de ensino. Mas um dos importantes papéis da formação estudantil continua sendo preparar as pessoas para entrar no mercado de trabalho e, assim, gerar valor para si e para a sociedade.
Deep Techs conectam empreendedorismo científico ao mercado de trabalho
Neste sentido, a geração de soluções Deep Tech por meio do empreendedorismo científico permite o acesso ao mercado de trabalho a partir da ciência produzida na universidade. Hoje temos nas universidades um grande celeiro de oportunidades em termos de pesquisas científicas que podem virar negócios, sendo a porta de entrada para os recém-formados no mercado de trabalho.
Porém, apesar dos avanços, ainda existem desafios em termos de cultura para que haja uma integração entre ciência e mercado de trabalho. Um dos principais entraves é a divergência de mentalidades entre a academia e o mercado. De um lado, os estudantes focam em avanços teóricos, enquanto o mercado precisa de soluções práticas e que gerem lucros.
Além disso, transformar pesquisas acadêmicas em produtos que podem ser comercializados é um desafio que exige não apenas uma base técnica, mas também as habilidades empreendedoras. Em meio a esse cenário, os programas de aceleração, incubadoras e parcerias com organizações sem fins lucrativos, setor privado e poder público são algumas das estratégias para trazer a cultura empreendedora para dentro das universidades. Essas oportunidades vão além de um aporte financeiro: oferecem mentorias, networking e acesso a investidores que são cruciais para o sucesso de todos os negócios.
Diante deste cenário de oportunidades e desafios, felizmente o Brasil está se consolidando como ecossistema de Deep Techs. Segundo dados do Laboratório de Inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID Lab), o país movimenta cerca de R$38 bilhões (US$8 bilhões) nesse segmento e deve crescer nos próximos anos. Assim como as empresas e organizações sem fins lucrativos, o poder público também tem olhado para as inovações.
Em um anúncio mais recente, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do Governo Federal, afirmou injetar mais de R$106,16 bilhões nos próximos quatro anos para impulsionar a economia e liderar a inovação global em políticas estratégicas. Este cenário representa uma oportunidade para a entrada no mercado de trabalho para os estudantes e também para o desenvolvimento socioeconômico do país por meio das Deep Techs.
Por fim, acredito que é possível aliar ciência ao mercado de trabalho desenvolvendo mais cultura empreendedora nas universidades. Mesmo com as diferenças de mentalidades entre o universo acadêmico e o empreendedor, as Deep Techs vêm conquistando um espaço com destaque significativo e tem conseguido mostrar a que vieram para transformar o mundo em um lugar melhor.
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