Inaugurado em 2015 pelo Itaú Unibanco e pelo fundo de investimento Redpoint eventures, o Cubo Itaú reformulou sua entrega de valor e criou um novo modelo de membership para as startups. Inédita no ecossistema de inovação, a iniciativa vai permitir a ampliação da atuação do hub no digital. Com a mudança, válida a partir deste mês de agosto, a instituição sem fins lucrativos passa a oferecer planos flexíveis de acordo com a necessidade e o momento das empresas que seleciona.
“O Cubo é uma plataforma de conexão e curadoria. Nos últimos meses, durante o período 100% remoto, validamos a nova proposta que vai atender à demanda e impactar o mercado de forma mais ampla”, explica Renata Zanuto, co-head do Cubo. Atualmente, o hub já fomenta a distância mais de 200 startups espalhadas pelo Brasil.
A mudança no modelo de membership ocorre junto a uma retomada gradual das atividades da sede do Cubo, um prédio de 13 andares localizado na Vila Olímpia, em São Paulo. Fechado desde março devido à pandemia de covid-19, o espaço físico continua sendo uma frente estratégica, e será reaberto para as empresas do ecossistema seguindo os protocolos de segurança necessários estabelecidos por órgãos oficiais.
“O espaço físico foi nossa primeira tese de sucesso para criação de densidade e geração negócios, e permanece à disposição de startups e grandes empresas. Porém, o prédio sempre foi um meio, e não um fim. Curadoria, conexões e geração de negócio sempre fizeram parte do nosso DNA. Acreditamos que o espaço físico, ainda que ressignificado, seguirá sendo peça importante – mas não a única – para alcançar nossos objetivos”, acrescenta Pedro Prates, co-head do hub.
O novo modelo permite a criação de planos personalizados. Ao aderir ao chamado “membership”, a startup admitida no processo de seleção passa a ter acesso às conexões estimuladas e organizadas pela instituição, assim como eventos, programas internos e desafios de negócios de potenciais clientes. Para ter acesso ao espaço físico no prédio do Cubo, ela poderá adquirir pacotes em formatos variados: um ou mais assentos, salas privadas e até mesmo diárias para serem utilizadas por seus colaboradores de acordo com a necessidade. Assim como no modelo anterior, os planos são pagos.
“Hoje, mais do que nunca, nos posicionamos como um hub de conexão curada e de alta relevância por meio de qualquer plataforma que faça sentido para a geração de negócios, que é a nossa principal entrega de valor, seja online ou fisicamente. Após muitas validações, o novo modelo para startups do Cubo traz a versatilidade pedida pela maioria de nossas startups”, afirma Renata.
Retomada com segurança
Com a reabertura no dia 3 de agosto, o edifício do Cubo Itaú irá operar nos primeiros meses com apenas 400 posições de trabalho – 30% da capacidade original – distribuídos entre assentos tradicionais e salas privativas. Eventos presenciais e recepção de convidados permanecem suspensos para reduzir as chances de aglomeração.
Para garantir a saúde de quem frequentar o prédio, diversas ações foram adotadas. O protocolo inclui aferição de temperatura com termômetro, sinalização de distanciamento em ambientes comuns, álcool em gel disponível para todos, número limitado de pessoas nos elevadores e uso obrigatório de máscara, entre outros procedimentos.
“A chegada da pandemia provocada pela covid-19 mudou os modelos de negócios e hábitos sociais em todo mundo. Empresas tiveram que se adaptar a novos formatos de trabalho, e a crise obrigou as marcas a reinventarem a forma como se apresentam para atender novas demandas do mercado. No Cubo, não foi diferente”, diz Pedro.
O Cubo já tinha uma forte atuação no digital para geração de negócios e conexões, o que facilitou o processo de transição. Com a quarentena, as atividades rapidamente sofreram alterações, e foi necessário reorganizar ações, eventos e networking para o online. Os resultados foram muito positivos – tanto para startups quanto para grandes empresas – e houve tempo para entender e repensar o novo modelo de negócios dentro do contexto atual.
As empresas que fazem parte do hub entenderam que mesmo no ambiente digital os negócios continuam funcionando muito bem. Entretanto, o espaço físico comum promove uma serendipidade que é muito rica para o ecossistema. Por isso, a combinação entre ambos, digital e presencial, é o modelo ideal. O novo modelo de membership foi pensado para atender a isso, e também para se adequar à realidade das empresas no cenário atual.