Enquanto a BM&FBovespa tenta se tornar mais atrativa para as pequenas e médias empresas, foi criada na Holanda uma bolsa de valores específica para o levantamento de capital para as startups, a Startup Stock Exchange. Segundo os organizadores, em duas semanas no mercado, 97 empresas já começaram o processo para listarem suas ações por lá.
Primeiro, é importante definir o que é a SSX: Trata-se de um espaço global para investimento e financiamento de startups. Na prática, as companhias podem oferecer suas ações publicamente para os investidores e os investidores podem ganhar acesso a companhias às quais antes não tinham acesso.
Até o momento, 97 empresas de 34 países e 16 setores econômicos diferentes se inscreveram para participar da negociação pública –esse número dá conta de quem quer participar, e não quem vai efetivamente participar, já que existe um processo entre o querer e o negociar. Deste total, temos seis brasileiras, mas quem trouxe mais inscritos foi a Índia, seguida por Nigéria e Argentina.
Entre os setores mais presentes neste grupo estão: e-commerce/ferramentas para web (13,4%) e social mídia/sistemas de lealdade (13,4%). “Nós temos startups de setores tradicionais, como o e-commerce, mas há também escritos das áreas de artes, educação, automotiva, saúde e estilo de vida”, diz Ian Haet, CEO e cofundador da SSX, segundo comunicado divulgado. Segundo ele, essa diversidade de setores e regiões mostra que o mercado “entende” a SSX.
“Os números que divulgamos são sobre as nossas primeiras duas semanas de operações, mas nós recebemos inscrições todos os dias”, diz o CEO. “Estamos confiantes de que vamos, até o final do ano, ter 52 companhias vendendo suas ações publicamente.” Segundo ele, apenas 1% das startups de todo o mundo tem acesso a financiamento. “Quem está fora do Vale do Silício não sabe aonde ir à busca por capital.”
Em seu canal do YouTube, a SSX disponibilizou um vídeo de uma startup que está preparando seu “IPO” na bolsa. Confira: