As edtechs – termo que surge da junção das palavras education e technology -, tem crescido gradativamente no Brasil. De 2019 para 2020, houve um aumento de 26,1% na abertura de startups desse setor, resultando em 566 companhias ativas, segundo um levantamento feito em 2020 pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups).
Essas empresas, que trabalham com o uso da tecnologia para conhecimento científico, principalmente facilitando o processo de aprendizagem e aprimorando os sistemas educacionais, estão majoritariamente na região sudeste, que concentra 55,2% delas. Os três estados com maior concentração são: São Paulo, com 34,3%, e Rio de Janeiro e Minas Gerais empatados, com 9,4% cada.
O principal modelo de negócio é o SaaS, com 38,8%, seguido de venda direta, com 26,6% e clube de assinatura recorrente, com 15,7%. O principal público-alvo das startups é o B2B, com 41,5%, seguido de B2C, com 30%.
As edtechs brasileiras costumam ir para o segmento de educação básica, com 37,2% das empresas atuando nesse setor. Cerca de 14,9% vão para cursos livres, 14% para educação corporativa e 11% para ensino superior.
Momento da gestão da edtech
O mapeamento da Abstartups adota a seguinte classificação em fases de desenvolvimento, que representam o grau de maturidade do negócio e suas necessidades atuais:
Ideação: que significa que as empresas ainda estão em desenvolvimento de sua ideia, envolvida nas etapas de estudo do mercado e identificação de oportunidades, nichos e soluções. Cerca de 3,8% das edtechs estão nessa fase.
Validação: que significa que as empresas estão em fase de validação do protótipo (também conhecido como mínimo produto viável ou MVP) e em busca de seus primeiros clientes. São 29% de startups nessa etapa.
Operação: que significa que a empresa já está em operação no mercado, ou seja, já possuem os seus protótipos validados, modelo de negócio definido, conhecimento do mercado e faturamento. São 38,8% de startups nessa fase.
Tração: que significa que as empresas estão em fases mais maduras. Trabalham com métricas, têm objetivos definidos e estão em busca de parcerias para crescimento e investimentos para expansão do negócio. Com 18,9% companhias nessa fase.
Escala: que significa que as empresas estão no auge de seu desenvolvimento. Já atingiram a autossustentação e apresentam crescimento médio anual acima de 20% em receita ou número de colaboradores. São apenas 9,4% das startups nessa etapa.
As tecnologias educacionais ou produtos/serviços mais ofertados no mercado são plataformas, com 46,8%, ferramentas, com 26%, conteúdos, com 12,4% e hardware, com 2,8%.