A Comsentimento, startup que usa Inteligência Artificial (IA) e análise de dados para tratamento de pacientes com câncer, recebeu um aporte de R$ 1,5 milhão em rodada pré-seed liderada pela Incubate Fund, fundo early stage do Japão que desembarcou no Brasil em 2021.
Os recursos adquiridos pela startup será direcionado para o aprimoramento dos algoritmos de organização de dados e identificação de pacientes. Além disso, a empresa planeja usar os valores para expansão das operações.
“Nós trabalhamos na fronteira da melhoria do cuidado de pacientes com câncer. Queremos transformar a realidade da pesquisa clínica fomentando a importância de acelerar a jornada de inovação no tratamento da doença. Por isso, o aporte levantado se faz necessário, assim nós conseguiremos escalar o negócio e levar nossa solução para cada vez mais instituições de referência na luta contra o câncer”, salienta Guilherme Sakajiri, CEO da Comsentimento.
Este é o segundo investimento recebido pela Comsentimento. Em junho de 2021, a startup havia levantado R$ 400 mil por meio de investimento-anjo, que foi usado para validar seu produto e com isso integrar o Programa de Aceleração do Hospital de Barretos.
Agora, a startup visa revolucionar o setor oncológico no Brasil, escalando o negócio e levando sua solução para novos parceiros que são referência no país em diagnósticos e tratamentos de neoplasia maligna, como o Grupo Carinho, uma das principais redes de clínicas oncológicas do interior de São Paulo.
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Comsentimento gerando valor
Com um modelo de negócio B2B, a startup já analisou prontuários de mais de 14 mil pacientes e cerca de 200 mil documentos médicos. Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o país registra anualmente 625 mil novos casos de câncer diagnosticados.
Até 2040, este número pode ser 66% maior, devido ao envelhecimento populacional. A maior parte dos tratamentos é custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dada a ainda baixa taxa de cobertura da população pelos planos de saúde – cerca de 25% do total.
“Além dos hospitais que contam com estrutura própria para realização de atividades de pesquisa, alguns prestadores de saúde já demonstraram interesse em contar com a nossa solução para referenciar pacientes a protocolos de outras instituições. Uma vez que veem na pesquisa não só uma maneira de avançar com a ciência, mas também de permitir o acesso antecipado a terapias inovadoras”, detalha o CEO.
Sakajiri ainda reforça a importância destes estudos, principalmente para os pacientes. “No Brasil temos um cenário oposto do exterior, onde os médicos dos pacientes diagnosticados com neoplasia maligna estão sempre em busca de novos estudos para indicar aos mesmos.