CNseg (Confederação Nacional de seguradores) revela que o mercado segurador brasileiro intensificou seus investimentos em inovação, com previsão de alcançar R$ 19,6 bilhões em 2024, segundo o 1º Estudo sobre a Inovação no Mercado de Seguros, Saúde Suplementar, Previdência Complementar e Capitalização. A pesquisa foi realizada entre agosto e outubro de 2024, entrevistando 24 empresas que representam 55% do setor, com arrecadação de R$ 368 bilhões.
Os resultados mostram que 71% das empresas aumentaram recursos destinados à inovação, elevando o percentual médio de 2,5% em 2023 para 2,63% da receita prevista em 2024, equivalente a R$ 746 bilhões. Contudo, apenas 8% das empresas investem mais de 5% de sua arrecadação, um índice inferior ao observado em segmentos econômicos mais inovadores, onde 22% ultrapassam esse patamar.
Para Alexandre Leal, diretor técnico da CNseg, esses aportes são fundamentais para o avanço do setor. “O compromisso das seguradoras com a inovação pavimenta o caminho para a competitividade e a liderança tecnológica nos próximos anos”, afirma.
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, destaca que o setor segurador passou por mudanças significativas na última década, com um aumento na intensidade tecnológica. “As seguradoras vêm atuando na fronteira do desenvolvimento tecnológico, integrando inteligência artificial, machine learning e big data aos seus processos, produtos e serviços”, explica.
Dyogo conta que a pesquisa foi importante para quantificar a transformação em andamento. “O estudo evidencia que o setor não apenas acompanha as inovações, mas também as incorpora de forma estratégica, modificando sua imagem tradicionalista e posicionando-se como referência em modernização”, diz.
Além disso, 92% das empresas entrevistadas utilizam modelos híbridos de inovação, combinando recursos internos e externos, enquanto 84% relataram atingir metas relacionadas à experiência do cliente. Essa maturidade demonstra que a inovação se tornou essencial em todas as áreas das seguradoras.
CNseg premia projetos de impacto no mercado
Reforçando o compromisso com a inovação, a CNseg realizou a 13ª edição do Prêmio Antônio Carlos de Almeida Braga de Inovação em Seguros, destacando iniciativas de relevância para o setor. A cerimônia ocorreu no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, reunindo 300 participantes.
Os projetos premiados abordaram temas como Produtos e Serviços, Comunicação, Sustentabilidade, Processos e Tecnologia, e Prevenção e Combate à Fraude. A premiação distribuiu mais de R$ 330 mil e contou com 235 inscrições, registrando crescimento de 12,4% em relação ao ano anterior.
Dyogo Oliveira enfatiza que o prêmio reflete o engajamento das seguradoras com o avanço tecnológico e a busca por soluções que atendam às demandas do consumidor e do mercado. “Esse reconhecimento incentiva o setor a continuar inovando e promovendo mudanças que impactam positivamente o ecossistema segurador”, comenta.
A relação entre inovação e desempenho no mercado segurador evidencia que a modernização é um componente central na estratégia do setor. Os investimentos crescentes em tecnologia, acompanhados por iniciativas práticas que trazem resultados concretos, mostram que as seguradoras estão não apenas reagindo às demandas do mercado, mas também liderando transformações que beneficiam consumidores, empresas e toda a cadeia econômica.
Além de gerar eficiência operacional, a incorporação de ferramentas tecnológicas, como inteligência artificial e big data, tem permitido ao setor explorar novos modelos de negócios, aprimorar a experiência do cliente e criar produtos mais acessíveis e personalizados. Essa abordagem não apenas fortalece a competitividade das seguradoras em um mercado cada vez mais digital, mas também estabelece padrões que podem influenciar outras indústrias.
A conexão entre os resultados do estudo e as iniciativas premiadas demonstra um movimento conjunto de adaptação e liderança. Enquanto o estudo aponta desafios, como o aumento de investimentos acima de 5% das receitas e a necessidade de diversificar áreas de aplicação, a premiação demonstra que muitas empresas já estão na vanguarda, implementando projetos que combinam inovação com impacto social e ambiental.
O setor segurador, antes visto como tradicionalista, agora emerge como um dos principais agentes de transformação digital no Brasil. Essa mudança não apenas redefine o papel das seguradoras na economia, mas também reforça a importância de manter a inovação como prioridade estratégica nos próximos anos.
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