Cingapura planeja fornecer um dispositivo para identificar pessoas que interagiram com portadores de coronavírus a cada um de seus 5,7 milhões de habitantes, o que pode se tornar um dos mais abrangentes esforços de rastreamento de contatos do mundo.
O teste de pequenos dispositivos, que podem ser usados no final de um cordão ou transportados em uma bolsa de mão, segue a adoção de um sistema anterior baseado em smartphone e reforçou preocupações de privacidade sobre a tecnologia de rastreamento.
Cingapura, com um dos números mais altos de casos de coronavírus da Ásia, é um dos muitos países que tenta usar a tecnologia para permitir a reabertura segura da economia.
O dispositivo, que será lançado em breve, não depende de um smartphone e poderá ser distribuído a todos em Cingapura, disse Vivian Balakrishnan, ministra responsável pela iniciativa de nação inteligente nesta sexta-feira. O governo não especificou se carregar consigo o dispositivo será obrigatório.
O aplicativo anterior, TraceTogether, teve problemas especialmente em dispositivos da Apple. Balakrishnan disse que repetidas discussões com a empresa não conseguiram resolver o problema.
Algumas empresas já adotaram dispositivos para rastreamento de contatos em locais onde o uso de smartphones é restrito, enquanto governos como os de Bahrain e Hong Kong os usaram para monitorar pessoas em quarentena.
David Su, presidente-executivo da empresa de chips sem fio Atmosic, disse esperar que “vários governos, se não todos os governos da Ásia” adotem dispositivos vestíveis, porque eles são uma maneira acessível e confiável de garantir o rastreamento automatizado de contatos.
Uma pulseira simples com chip bluetooth, bateria e memória pode custar cerca de US$ 10, ou possivelmente menos, de acordo com fornecedores.