O nome tem muita atitude, já que cinese vem do grego e corresponde a movimento, mudança, agitação da alma. Tem tudo a ver com o negócio homônimo, a startup Cinese, plataforma de crowdlearning que ambiciona ser um ponto de encontro para troca de ideias, de conhecimento e de experiências.
Ou seja, é estar tudo “junto e misturado” com o intuito de aprender informações novas. O mais bacana é que a startup está fazendo um ano de existência (parabéns!). Nós conversamos com a Anna Haddad, autointitulada “mágica ilusionista”. Divertidamente, ela mesma explica: “porque eu sou a moça das macro estratégias e ideias mirabolantes”. Confira abaixo.
O que mudou ao longo desse um ano no escopo de negócios de vocês?
Muita coisa mudou. A visão amadureceu e, com ela, o plano de negócios. Aprendemos bastante na prática e refletimos isso nos números também. Encontramos outros caminhos para um modelo de negócio sustentável, que respeite nossa visão e a ética. Ainda assim, não temos um modelo redondo – é um trabalho difícil, de todos os dias.
Bacana que o mote do site é “Aqui você pode ensinar o que sabe e aprender coisas novas através de encontros transformadores”. Quais encontros transformaram vocês?
Todos os encontros que acontecem pela plataforma são, de alguma forma, inspiradores e transformadores. Eles, além de movimentarem conhecimentos diversos através da troca, do compartilhamento e da colaboração, conectam pessoas e histórias. E isso é o mais bonito de tudo. Dos encontros, as pessoas saem com vontade de aprender mais, de ensinar o que sabem, de começar novos projetos. É essa a ideia.
Quais foram os principais aprendizados e ensinamentos de vocês nesse ínterim?
Aprendemos muito com os encontros. Participamos de vários e oferecemos muitos outros. Fora esses conhecimentos específicos, com relação ao Cinese, aprendemos a ter calma. Muitas vezes, o mundo, o mercado diz a você que as coisas têm que acontecer rápido, que os números têm que ser grandes e de brilhar os olhos. Mas entendemos ao longo desse ano que não precisa ser necessariamente assim. E que tudo bem. Que vários são os indicadores de que algo está dando certo. Começamos a questionar o que todo mundo entende por sucesso.
E em termos de rentabilidade, investidores, patrocinadores? Como foi durante esse ano que passou?
Foi muito bom. Muita gente interessante chegou até nós, para conversas, propostas, ideias. Muitas parcerias incríveis, principalmente com os canais curados dentro da plataforma. Com relação aos investidores, escolhemos ter calma. Queremos que o Cinese amadureça, e queremos amadurecer com ele antes de qualquer coisa.
Quais as perspectivas e planos para o futuro da startup?
Temos muitos. Além da ponte para que as pessoas se encontrem e troquem conhecimento, lançamos outros dois braços esse ano, o Cinese Revela e o Cinese Conecta. Com o Cinese Revela, começamos a promover nossos próprios encontros, ligados aos temas que nos movem (educação, arte, cultura, colaboração, etc) e que estão borbulhando na rede. Com o Cinese Conecta, trabalhamos em projetos específicos e marcas que querem encontrar soluções de comunicação e organização que fujam das tradicionais e estejam dentro da lógica de rede, comunidades colaborativas e cocriação.
A equipe da Cinese (Foto: Divulgação)