O BrazilLAB, hub de inovação e tecnologia para governos que acelera soluções e conecta startups e o Poder Público, anunciou a criação de uma força-tarefa que tem como objetivo mapear e acelerar tecnologias que possam ajudar governos a enfrentarem os desafios impostos pela pandemia de covid-19. As inscrições vão até dia 27 de Julho.
O programa, lançado na última semana, se estenderá até dezembro deste ano, selecionando, através de edital, startups, pequenas e médias empresas que tragam soluções implementáveis para as esferas municipal, estadual e federal para as áreas de Educação, Digitalização no Poder Público e Inclusão Produtiva.
O BrazilLAB foi fundado há quatro anos e é reconhecido por um histórico de mais de 80 startups aceleradas que atendem dezenas de prefeituras e órgãos governamentais, além de uma rede de mais de 30 municípios parceiros. A força-tarefa conta com o apoio de organizações parceiras da instituição, como o Instituto Humanize, a Fundação Arymax e a Amazon Web Services.
“Diante de uma pandemia, surgem novas questões que exigem respostas imediatas. Nossas vidas mudaram abruptamente e a propagação do vírus gerou consequências jurídicas, econômicas e sociais graves para as quais os governos não estavam preparados. As mudanças foram exponenciais e a tecnologia também o terá de ser. As soluções digitais terão um papel fundamental no combate aos mais diversos impactos negativos do coronavírus, e nosso objetivo é acelerar a transformação digital necessária para que o poder público responda com efetividade a esses novo cenário”, explica Letícia Picolotto, fundadora e CEO do BrazilLAB.
Os inscritos devem apresentar soluções tecnológicas relacionadas à educação (ensino a distância, inovações para sala de aula pós-crise, capacitação de docentes e habilidades e competências do Século XXI), inclusão produtiva (acesso a mecanismos financeiros de apoio ao micro e pequeno empreendedor, fomento ao empreendedorismo periférico, formação de jovens – com habilidades técnicas e socioemocionais- e conexão com emprego, desenvolvimento de tecnologias para o empreendedor rural, conexão do empreendedor rural com mercados, oferta de empregos e engajamento das empresas para contratação, reskilling), bem como digitalização no Poder Público (teletrabalho, digitalização de serviços, uso novas tecnologias na gestão).
“O Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo, e acreditamos que essa força pode ser uma valiosa aliada para a gestão pública. E em um momento histórico tão duro como o que estamos passando, os pequenos e médios empresários do ecossistema de inovação GovTech podem ter papel de destaque na oferta de soluções que mitiguem os impactos negativos da crise. Nossa meta é conectar as soluções apresentadas e aperfeiçoadas na força-tarefa a diversos governos, com especial atenção às prefeituras que, naturalmente, lidam mais de perto com as demandas emergenciais”, finaliza Letícia Piccolotto.
As ações da força-tarefa devem incluir o diagnóstico das demandas dos governos e sociedade, a curadoria de soluções inovadoras e de impacto, a oferta de mentorias e sugestões de aprimoramento das soluções, além da conexão das iniciativas ao setor público. Cabe também destacar que os resultados das soluções serão avaliados ao longo do programa. “Será imprescindível monitorar a implementação das soluções para que seja possível demonstrar qual pode ser o impacto da adoção de tecnologias no setor público”, afirma a CEO do BrazilLAB.
Paralelamente, também haverá um edital artístico para valorizar tanto a memória quanto os aprendizados no Brasil desta crise que é mundial.
A força-tarefa contará com quatro pilares de atuação:
Aceleração de startups e PMEs: serão duas rodadas de aceleração, cada uma contando com 15 empresas. O programa terá ações de capacitação e mentoria de soluções inovadoras, além da definição das verticais a serem trabalhadas, diagnosticando cada empresa para direcioná-las a capacitações e mentorias.
Roadshow virtuais: compreende a apresentação e conexão das empresas selecionadas a gestores. Para isso serão realizados encontros virtuais temáticos para apresentação das soluções das startups a líderes governamentais.
Comitê de especialistas: será criado um comitê de especialistas que será responsável por mensurar os impactos e a efetividade dos projetos, bem como definir as temáticas a serem trabalhadas. Serão representantes do terceiro setor, academia e empresas públicas e privadas.
Mensuração de impacto: as soluções das startups serão monitoradas constantemente de modo a aferir a viabilização dos produtos e principalmente comprovar a sua eficiência.
Aos interessados, as inscrições na força-tarefa do BrazilLAB devem ser feitas de forma online, no site da organização.