Atualização: veja abaixo uma sessão de perguntas e respostas com o criador do app.
Há um ano, o brasileiro Diego Zambrano teve seu projeto Bondsy aprovado pela aceleradora Techstars, em Nova York (que já visitamos e apresentamos nesta matéria). Em junho, o Techrunch já tinha comentado as características do produto, que ainda nem estava lançado. Passou o Demo Day, e nada. Além do investimento e da mentoria fornecidos pela Techstars, entraram mais investidores, incluindo Thrive Capital, Betaworks, David Tisch, Chris Dixon, Betaworks, Josh Stylman, Peter Hershberg, Patrick Keane, Jared Hecht e Steve Martocci. Também Joshua Kushner, co-fundador da Vostu e investidor pela Thrive, entrou como conselheiro.
Para um cara que ainda não tinha fundado empresa, até que Diego estava se saindo bem. Ele tem um histórico como designer em grandes agências (Ogilvy, R/GA), responsável por lançamentos de grandes empresas (Nike, Ikea). Desta vez, ele está liderando uma equipe com quatro pessoas que veio aprontando o aplicativo para smartphones – que já vem sendo usado por um grande número de pessoas, inclusive brasileiros. Agora, chegou o lançamento público.
A proposta do Bondsy é que compras, especialmente as de produtos usados, não precisam ser feitas apenas com dinheiro. A ideia pode não parecer inédita, mas o app tem uma usabilidade típica de apps como o Instagram. É possível criar rapidinho um perfil no Bondsy, utilizando logins de outras redes, e é dessas outras redes que o Bondsy puxa seus contatos. Pronto, agora você pode fotografar seus produtos e postá-los para negociar com estes amigos.
Vale acrescentar uma pequena história sobre o produto (o que o levou a comprar e a vender/trocar). Afinal, o slogan do Bondsy é “inspirado por histórias verdadeiras”. Tem contatos meus vendendo, além de equipamento tecnológico e sapatos de palhaço, até geladeira duplex e carro BMW usado – porque precisa de um maior para a família. Você pode cobrar em dinheiro ou ainda pedir coisas em troca, com texto livre. Seguidores podem pegar sua oferta ou ainda reposta-lá para os seguidores dele. Eu mesmo já dei uma revirada nas minhas coisas, só para ver se encontrava algo para trocar e poder usar este app tão bacana. Vale ver se os usuários vão realmente continuar usando o app para trocar, vender, comprar. A empresa, sediada no Brooklyn, não intermedia os pagamentos – que são combinados entre as partes interessadas.
Perguntas e respostas com Diego Zambrano, criador do Bondsy
Por que empreender em Nova York e não no Silicon Valley ou no Brasil?
“A comunidade de startup de NY é extremamente unida e participativa. As pessoas querem ver o seu sucesso, e ajudam uns aos outros o máximo que elas podem. A gente se alimenta da energia que cada um trás pra cidade. Além disso, a densidade e diversidade fazem de NY um dos melhores, se não o melhor lugar do mundo para testar um produto. Essas características permitem que tenhamos rápido feedback de muitas pessoas com culturas e backgrounds completamente diferentes. E eu adoro NY. :)”
Como foi participar da TechStars?
“Depois de quase 10 anos trabalhando em publicidade, eu tinha uma grande network, mas quando eu larguei tudo pra criar o Bondsy, eu percebi que eu não conhecia praticamente ninguém na comunidade de startup. TechStars foi uma ótima experiência pra ser apresentado a comunidade, conhecer muita gente, trocar experiências, e entender melhor o que é construir uma startup. Você passa por aquela experiência com várias outras pessoas que estão no mesmo barco, e todo mundo se ajuda e aprende com isso”.
Como você conseguiu entrar sendo apenas 1 founder, sendo que eles põe bastante peso na equipe?
“Acredito que a tendência de valorizacão do design e user experience, e meu background trabalhando com design, publicidade e branding por mais de 10 anos teve algo a ver com isso. Mas apenas a TechStars pode responder isso precisamente. A Inc Magazine escreveu umartigo sobre o TechStars, e eles falam sobre mim e porque eu fui selecionado. Vale a pena dar uma lida. (Disclaimer: David Tisch é um dos nossos investidores)”.