Por René Abe, CEO da Akatus Payments
Cada vez mais utilizado pelo público nacional, o pagamento via smartphone se apresenta como modelo relevante e eficiente no país, ainda mais se comparado com outros emergentes. Entre os integrantes do BRICS, composto também por Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brasil é o segundo melhor posicionado no índice mundial de pagamentos móveis.
De acordo com o levantamento realizado pela Mastercard Mobile Payments Readiness Index (MPRI), entre 34 países avaliados, o Brasil ficou acima da média mundial, com o 16° lugar, atrás apenas da China (10º) entre os países que mais crescem no mundo, mas à frente de Índia (21º), África do Sul (26º) e Rússia (28º).
A pesquisa ainda relata que o Brasil só não apareceu em uma posição melhor devido à cultura e ambiente regulatório do país. Por outro lado, a projeção do número de linhas telefônicas com acesso à internet é cada vez mais favorável para o aumento da quantidade de transações, devido ao uso crescente de dispositivos móveis, acompanhado da ascensão de uma sociedade conectada.
Numa perspectiva prolongada, o mercado de transações via smartphone deve crescer ainda mais, segundo dados do Gartner. O estudo estima que até 2017, o volume global de transações móveis crescerá 35%, com o mercado avaliado em R$ 721 bilhões, atingindo mais de 450 milhões de usuários.
Segundo levantamento da consultoria Frost & Sullivan, o desenvolvimento do mercado nacional de Mobile Payment deve alcançar 80 milhões de usuários até 2018. Pegando carona nesses dados, vamos traçar um paralelo com nossa realidade. Somente no Brasil, o número de smartphones é de aproximadamente 40 milhões de aparelhos, ou seja, praticamente 27% do mercado de telefonia móvel do país, baseado em números revelados pelo IDC.
Claro que, para este número ter um crescimento relevante, ainda necessitamos de melhorias em nossa infraestrutura de rede, realizadas pelas principais operadoras e telefonias no uso do sistema 3G e 4G, este último, ainda recente no país e com pequena base de usuários, mas que está se aperfeiçoando.
Com o acesso à internet ampliado cada vez mais para o público, o número de transações via smartphone também cresce. Consequentemente, mais pessoas começarão a efetuar seus pagamentos via dispositivos móveis, criando um ciclo sem volta. E mais, os próprios celulares, que já se tornaram até máquinas de cartões, apresentam uma nova realidade para o comércio, dando outra opção para os prestadores de serviços autônomos como representantes comerciais, taxistas, entre outros.
E você, está preparado para esta revolução?