Segundo um relatório recente da BCG, 74% das empresas ainda enfrentam dificuldades para desbloquear e escalar valor a partir de iniciativas de IA, mesmo após anos de investimento. As principais barreiras incluem integração com sistemas legados, escassez de talentos especializados e a ausência de uma estratégia clara para capturar valor em escala. Além disso, muitas organizações subestimam o esforço necessário para adaptar modelos às suas necessidades específicas de negócio, garantindo governança e segurança durante todo o ciclo de vida da IA.
O mercado global de Inteligência Artificial deve ultrapassar US$ 1,8 trilhão até 2028, segundo a GlobalData. Nesse movimento, a adoção corporativa da IA continua a crescer. O estudo da McKinsey “The State of AI in Early 2024: Gen AI Adoption Spikes and Starts to Generate Value” mostra que, em 2023, 55% das empresas já utilizavam IA em seus processos — em 2024, esse número saltou para 72%.
Apesar do avanço, implementar IA Generativa e gerar valor no ambiente corporativo ainda é um desafio técnico e estratégico. LLMs tradicionais como OpenAI, GEMINI e LLAMA são treinados com dados da internet e têm natureza generalista. Para utilizar essas tecnologias no mundo corporativo, as empresas têm sido forçadas a construir ecossistemas complexos de infraestrutura de IA, enfrentando frequentemente alucinações, desafios de escalabilidade, questões de privacidade de dados e altos custos. Além disso, a dependência desses modelos generalistas cria barreiras reais para a transformação impulsionada por IA nas organizações.
A BondingAI nasceu para resolver esses pontos de dor — uma startup com a missão de conectar pessoas e IA por meio da simplicidade, apresentando uma nova geração de LLMs: o xLLM, desenvolvido especificamente para o contexto corporativo.
Um novo paradigma para IA corporativa
A BondingAI foi fundada nos EUA e no Brasil por Danilo Nato Silva, CEO e executivo global em Dados, IA e Inovação, com uma carreira sólida de quase duas décadas em empresas como AB InBev (Diretor Global de Dados e IA), BASF e diversos anos em consultoria em setores como Finanças, Telecomunicações e Saúde. Ao seu lado está o PhD Vincent Granville, Chief AI Officer, referência global em IA, pesquisador pós-doutorando pela Universidade de Cambridge, autor renomado, detentor de diversas patentes e listado pela Forbes como um dos 20 maiores influenciadores de IA do mundo.
Granville construiu uma carreira de destaque em empresas como Microsoft, Wells Fargo, eBay, Visa e NBC. Ele também é o criador do xLLM — uma nova geração de LLMs empresariais 2.0 — e empreendedor com exit multimilionário. Juntos, identificaram uma lacuna crítica: os modelos de linguagem tradicionais não atendem às demandas estratégicas das organizações.
“A maioria dos LLMs foram desenvolvidos para usuários finais — como o novo Google, que vai além da busca e da pesquisa, mas não está preparado para lidar com a complexidade das operações corporativas que exigem precisão, velocidade, escalabilidade e, acima de tudo, segurança e privacidade dos dados”, afirma Granville. “O xLLM é uma resposta direta a essa lacuna — com ele, as empresas podem construir seus próprios modelos especializados, sob medida para seus contextos específicos, com foco em desempenho, escalabilidade, explicabilidade, privacidade, aplicabilidade prática e excelente relação custo-benefício — sem a necessidade de uma infraestrutura massiva de GPUs.”
xLLM: um modelo de linguagem para empresas, não para consumidores
O acesso à informação entre departamentos ainda é um dos grandes desafios das organizações. A McKinsey aponta que os trabalhadores gastam quase 20% do tempo procurando informações internas ou pedindo ajuda. Além disso, 95% dos dashboards são ignorados, e a tomada de decisão continua lenta devido a processos complexos.
Para Danilo, o problema é claro: “Os colaboradores perdem muito tempo procurando informações corporativas espalhadas por departamentos como Vendas, RH, Jurídico e TI. A tomada de decisão com analytics ainda é lenta, assim como os processos operacionais. Nosso foco é claro — mudar essa realidade, permitindo acesso rápido à informação, análise inteligente e ação imediata com IA”, diz ele.
“Ninguém entende uma empresa melhor do que a própria empresa e seus times internos. Para que a IA realmente gere transformação e resultados nas organizações, as empresas precisam ser empoderadas. Por isso criamos o xLLM”, explica Danilo.
O xLLM da BondingAI foi desenvolvido como resposta às limitações dos LLMs existentes. Trata-se de um modelo de linguagem especializado que permite às empresas construírem sua fundação de IA. Ele integra todos os elementos essenciais do ambiente corporativo — de documentos interdepartamentais a fontes web, sistemas trasacionais e data lakes — entregando respostas precisas, livres de alucinações, com explicabilidade robusta, alta segurança e privacidade, tudo por meio de uma infraestrutura acessível baseada em CPUs. Essa abordagem elimina a necessidade de servidores com alto consumo de GPU, tornando a implementação mais escalável, econômica e eficiente — sem comprometer a qualidade ou a segurança dos dados.
Além disso, afasta-se da cobrança baseada em tokens, eliminando a necessidade de bilhões de parâmetros e do treinamento custoso de redes neurais profundas do tipo “caixa-preta”. Em vez de um treinamento caro, complexo e demorado focado na previsão do próximo token, o o xLLM foca em dados corporativos como fundação, ajustes em tempo real com poucos parâmetros intuitivos, IA explicável, uma interface bem projetada muito mais potente que uma caixa de prompt, e uma arquitetura eficiente que entrega profundidade e exaustividade sem alucinações nem necessidade de engenharia de prompts. O output é estruturado e vem com pontuações de relevância associadas a cada item nos resultados.
A plataforma resolve falhas de execução causadas por informações fragmentadas, métricas de avaliação inadequadas, aprendizado por reforço insatisfatório, dependência excessiva de bibliotecas inseguras e generalistas, e a crença equivocada de que “maior é melhor” — aumentando substancialmente o ROI.
xLLM não só responde — ele decide e executa
O diferencial do xLLM não está apenas na sua capacidade de interpretar dados de negócios. A plataforma criada pela BondingAI vai além, permitindo que colaboradores analisem dados tabulares em linguagem natural e executem ações concretas por meio da integração com sistemas corporativos.
Exemplos incluem: como representante de vendas, é possível consultar o contrato de um cliente, revisar políticas de desconto, analisar dados, gerar uma fatura, abrir um chamado de TI, cadastrar um novo cliente ou aprovar férias — tudo a partir de uma única interface conversacional conectada a sistemas como ERPs, CRMs, data lakes, ferramentas de RH ou softwares proprietários.
Além disso, a plataforma oferece agentes específicos para clusterização e catalogação de textos, criação ou expansão de taxonomias, geração de dados sintéticos tabulares de alta performance, detecção de fraudes, análises preditivas baseadas em tabelas do acervo corporativo, entre outras funcionalidades em desenvolvimento.
“Estamos construindo a plataforma de IA do futuro — otimizando o tempo desperdiçado em buscas, gerando insights e ações autônomas. Acreditamos que essa é a verdadeira transformação organizacional”, afirma Silva. “O objetivo é que os colaboradores interajam com um agente inteligente, em vez de navegar por múltiplos sistemas para concluir tarefas.”
Superando os desafios clássicos da adoção de IA
Entre os principais obstáculos para adoção de IA nas empresas estão a complexidade da infraestrutura, o alinhamento com as necessidades de negócio e as limitações dos LLMs atuais — como alucinações, privacidade, compliance, custos, segurança de dados e até instabilidade dos modelos.
“A plataforma da BondingAI pode ser implementada tanto em nuvem privada da empresa quanto on-premise. O xLLM é treinado com dados internos, garantindo precisão e conformidade com normas e regulamentações do setor”, explica Granville. “Além disso, é modular e adaptável, podendo ser customizado à realidade de cada organização sem exigir mudanças tecnológicas disruptivas.”
Presença global e próximos passos
Com operações nos Estados Unidos, Brasil, Europa, Ásia e Austrália, a BondingAI já firmou parcerias estratégicas com empresas que buscam acelerar sua jornada de transformação com IA generativa. A startup está focada em expandir sua base de clientes em setores como serviços financeiros, varejo, telecomunicações e saúde. Também planeja aprimorar as funcionalidades da plataforma com novos módulos de analytics preditivo, dados sintéticos e integrações com sistemas transacionais voltadas para automação de fluxos de trabalho.
“Em vez de seguir o modelo de LLMs voltado para o consumidor, estamos construindo uma plataforma de IA feita para empresas — capaz de entender, analisar e agir dentro da organização. Reduz custos, otimiza processos, aumenta a produtividade e acelera resultados em vendas”, conclui Silva.
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