Estreia hoje a Batalha dos Investidores, novo reality show da Record News. O programa surgiu após a Batalha das Startups, apresentado em horário nobre, de segunda a sexta-feira, que teve mais de 2 mil startups inscritas, em que os melhores projetos apresentados foram acelerados pela aceleradora InovaHub e agora estão prontos para receber investimentos. Por isso, o renomado investidor Janguie Diniz, sócio do projeto, traz convidados especiais que são grandes investidores para uma “batalha” para aportarem nestas startups.
Ao todo 12 startups irão participar da primeira temporada do programa, que serão disputadas por grandes nomes como João Kepler, Flávio Augusto, Pyong Lee, Kaka Diniz, Tiago Brunet, José Roberto Marques, Paulo Vieira, entre outros. O objetivo é que o programa distribua até R$ 10 milhões para as startups que participarem. Para entender melhor como vai funcionar o novo reality o Startupi entrevistou o investidor Janguiê Diniz.
De pronto, Diniz explicou que o objetivo do programa é fomentar o empreendedorismo e o ecossistema de startups, mostrando que existem investidores que têm grande interesse em aportar capital em empresas que estão começando. Sobre os investidores da Batalha, Janguiê explica: “geralmente são duas empresas de investimento e duas pessoas físicas. Convidamos um investidor para participar para investir nos empreendedores que se apresentam”, comenta. Cada startup é disputada por até quatro investidores, e a disputa é realizada em três fases:
1- Afinidade: em que se analisa qual dos investidores tem sintonia com o empreendedor, nesta dinâmica o importante é ter sinergia de propósito;
2- Estratégia: qual investidor apresentará o melhor plano para a startup se tornar um grande negócio;
3- Aporte financeiro: o empreendedor pode escolher entre receber o investimento ou a afinidade/estratégia oferecida;
O programa tem seis episódios de 25 minutos e irá ao ar pela Record News às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h40. No final, Janguiê Diniz também decide se vai investir na startup selecionada, e utiliza como tese de investimento prioritária as áreas de educação, tecnologia e saúde, e como tese secundária o setor de entretenimento, caso o negócio possua capacidade de escalabilidade. “Depois que o idealizador do projeto apresentado escolher um investidor, eu posso fazer uma proposta também. Das sete startups que passaram, eu fiz uma proposta para seis e, ao todo, investi em quatro”, comenta o investidor.
Primeira temporada do programa gerou histórias inusitadas
A primeira temporada do Batalha dos Investidores, além de investimentos, já garantiu boas histórias aos investidores. “O representante de uma das startups era jogador de basquete. A cada escolha que ele deveria fazer, informava que antes de dar a resposta iria consultar o seu sócio que era boxeador e, quando os investidores falavam algo direcionado a eles, tinham muita ‘cautela’, levando a situação na brincadeira”, comenta Diniz.
“Outras muitas histórias interessantes aconteceram. Um fato “pitoresco” que ocorreu foi que uma startup tinha um valuation de R$ 1 milhão e queria captar R$ 200 mil por 20% da empresa, mas um investidor individual externo ofereceu R$ 1,8 milhão por 70%. Mesmo com o valuation mais alto do que o já calculado, o representante não aceitou porque não quis perder o controle acionário do seu negócio”, conta.
Dica do especialista: o que fazer antes de buscar uma captação?
Janguiê também deu três dicas para os leitores do Startupi que queiram captar investimentos de nomes como os apresentados no programa. Os conselhos são:
1- Faça sua lição de casa: Além de fazer a avaliação, a startup tem que começar a faturar. “Tem que começar a vender, mesmo que ainda não tenha atingido o breakeven”, conta. “O importante é mostrar que as dores do público-alvo estão sendo resolvidas e que existe uma demanda que tem como instrumento fundamental a tecnologia.”
2- Tenha claro seu propósito: “O empreendedor precisa ter um propósito de vida, ou seja, se a empresa tem um propósito transformador massivo e que mostre que a startup não foi criada apenas para lucrar, isso pra mim é um requisito primordial”, afirma. “Além disso, deverá procurar conhecer todos os dados, produtos, mercados e concorrentes na área que irá focar o seu negócio.”
3- Investimento é para crescer: “A startup precisa de investimento para poder escalar, não pode ficar patinando. A partir do momento que o empreendedor ver que o negócio tem a capacidade de crescimento e escalabilidade, deverá buscar um investidor-anjo, e o ponto focal não é captar inicialmente nem mais, nem menos, apenas o essencial para poder dar o primeiro salto”, finaliza.
Confira a entrevista com o investidor: