Quem vê o Lalina.com.br no ar hoje não sabe as idas e vindas que seus fundadores passaram para estar com o produto assim. Atualmente baseado em Nova York, o brasileiro Ricardo Falletti se juntou ao turco Kaya Tileve em uma série de tentativas de empreender nos Estados Unidos e na Turquia.
“Há três anos, eu morava no Rio e trabalhava com marketing esportivo. Conheci um amigo, que me ‘deslumbrou’ com o mercado americano, e acabei me mudando para Nova York, onde já tinha alguns amigos programadores. Isso era 2010 e nós começamos a fazer apps para celular, como prestadores de serviço para grandes empresas”, lembra Ricardo. Para ele, o processo de criação era bacana, mas a liberdade de criação deixava a desejar no trabalho com as grandes corporações.
Foi então que Ricardo se juntou a Kaya e eles seguiram para a Turquia, onde passaram um ano trabalhando com software de gestão de condomínios. “Era um software com uma cara super velha, e nos chamaram pelo conhecimento de mobile, para dar uma nova cara”, conta. O negócio também não deslanchou muito bem por lá, e eles decidiram voltar para Nova York.
“No começo de 2013, meio sem saber o que desenvolver, acabamos procurando uma oportunidade no Brasil. Passamos a olhar mais para o país”, diz Ricardo. “Somos dois homens, mas acabamos olhando para esse mercado de cosméticos. Vimos que estava crescendo a iniciativa estrangeira e os investimentos e nos sentimos confortáveis para criar um projeto no mercado brasileiro.”
Foi quando o Lalina deu seu primeiro respiro há quatro meses. A ideia do projeto é misturar comparação de preços e conteúdo editorial de beleza, como se fosse mesmo um Buscapé dos cosméticos. “Hoje, esse mercado é muito dominado pelas blogueiras, que mantêm um relacionamento com as marcas, mas elas nem sempre conseguem agregar esses preços”, afirma o brasileiro. “Uma coisa que ainda falta a gente deixar claro sobre o projeto é a sensação de que o Lalina te faz economizar dinheiro, já que procuramos os lugares mais baratos.”
Inicialmente, Ricardo e Kaya ainda estão testando modelos de negócio para fazer o negócio render. Os dois tiveram um investimento anjo no valor de US$ 200 mil, vindos de um investidor que apostou no time, e não especificamente na ideia da Lalina.