A 1ª etapa da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2023, realizada pela Deloitte, organização de serviços profissionais, mostrou que o orçamento total dos bancos brasileiros destinados à tecnologia, englobando despesas e investimentos, deverá atingir neste ano R$ 45,1 bilhões, um significativo avanço de 29% em relação ao do ano passado. A estimativa foi calculada com base nos valores indicados pelos bancos participantes da amostra.
“Os resultados da pesquisa comprovam, novamente, o compromisso dos bancos em oferecer aos clientes produtos e serviços de ponta, para que façam suas transações do dia a dia com inovação, agilidade e em completa segurança. A tecnologia é uma grande aliada na democratização do acesso aos serviços financeiros, ampliando diariamente a oportunidade de as pessoas fazerem todo tipo de operações a qualquer hora, qualquer lugar e em diferentes equipamentos”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban.
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Em 2022, o volume do orçamento em tecnologia representou um crescimento de 18% em relação a 2021, somando R$ 34,9 bilhões e sendo uma das maiores altas dos últimos anos, impulsionado por implementação de recursos que atendem às necessidades de escalabilidade e de flexibilidade para a organização, como Cloud e Inteligência Artificial.
A segurança cibernética foi prioridade para 100% dos bancos entrevistados na edição 2022. Já para 2023, os investimentos contínuos em centralidade no cliente podem ser exemplificados pela expectativa de aumento na participação do orçamento em CRM, em Inteligência Artificial, Analytics e Big Data, reforçando a busca da personalização no relacionamento e a consequente maior eficiência na exploração dos dados.
Mudança no foco dos investimentos de 2022 para 2023
A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária revelou quais são as prioridades para os bancos neste ano: na primeira colocação ficou a análise e exploração dos dados obtidos via Open Finance, tema que também ocupou a primeira posição em 2022.
Para 2023, as instituições ainda citaram a transformação cultural do banco, moedas e ativos digitais, expansão de transações via chatbot e o incentivo do consumidor ao compartilhamento de dados. A migração para Cloud continua no foco dos investimentos e deve se expandir em pelo menos 20% em 2023.
Força de Trabalho
A relevância da TI na indústria bancária também se reflete na proporção de profissionais desta área em seu quadro de colaboradores, correspondendo, na média, a 10% deles. Deste total, a maior parte dos profissionais de TI é composta por desenvolvedores (62%). Para 2023, os bancos estimam investir R$ 1,6 bilhão na infraestrutura e em soluções tecnológicas que melhorem a experiência de trabalho dos colaboradores.
“A capacitação e a retenção de talentos, bem como a busca incessante por profissionais especializados nas tecnologias de ponta, implicam em altos investimentos, tanto em treinamento, quanto em infraestrutura e novas soluções aos profissionais de TI”, avalia Sérgio Biagini, líder da Indústria de Serviços Financeiros da Deloitte no Brasil.
Open Finance
O Open Finance, que permite o compartilhamento dos dados pessoais e bancários do cliente entre as instituições, é uma grande prioridade dos bancos para 2023. Atualmente, 80% dos bancos respondentes afirmam que até 10% de sua base de clientes aderiu ao Open Finance, uma proporção que deverá crescer neste ano.
De acordo com a pesquisa, 75% das instituições bancárias querem oferecer mais produtos financeiros para seus clientes, 69% desejam conhecer melhor o contexto do cliente e 44% pretendem oferecer serviço de iniciação de pagamentos. Além disso, 38% querem melhorar a precificação dos produtos, 31% reduzir riscos de crédito e 19% expandir negócios não financeiros.
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