O Banco Central mudará o nome do seu projeto de open banking para open finance, uma vez que o sistema abarcará todos os produtos financeiros, afirmou nesta semana o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.
Em live com o empresário Abilio Diniz, Campos Neto disse ainda que o open banking do Brasil será o mais amplo do mundo, em referência ao sistema que dará aos clientes de instituições financeiras o poder sobre seus dados cadastrais e de transações, como meio de abrir o acesso a serviços mais baratos e melhores.
O modelo começará a funcionar no fim deste ano e integra a agenda institucional do BC para melhoria de competitividade no sistema financeiro.
Open banking no Brasil
Em maio, o Banco Central do Brasil (BC) apresentou um conjunto de regras e as quatro fases de implementação do chamado, até então, Sistema Financeiro Aberto, ou Open Banking, no país. O anúncio foi autorizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão superior do Sistema Financeiro Nacional, que tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito, com o objetivo de estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
O open banking, portanto, consiste em abrir a instituição financeira para que outras empresas tenham acesso aos dados do cliente, mediante consentimento deste. O objetivo do BC é incrementar a concorrência entre bancos e, com isso, a redução da taxa de juros.
Com esse novo sistema, o BC também irá lançar em novembro deste ano o PIX, sistema de pagamento instantâneo que vai permitir transações bancárias de forma rápida, segura e digital. Segundo a instituição, o PIX vai possibilitar “a inovação e o surgimento de novos modelos de negócio e a redução do custo social relacionada ao uso de instrumentos baseados em papel”.