O Banco Central anunciou nesta segunda-feira a formação de um grupo de trabalho para discutir o modelo no país do open banking, sistema que dá aos clientes de bancos o poder sobre seus dados financeiros e que a autoridade monetária quer lançar em novembro.
Concebido pelo Banco Central como instrumento para estimular o aumento da concorrência entre as instituições financeiras, o open banking prevê a operação de todo o sistema financeiro num modelo tecnológico padronizado. Por meio dele, um cliente pode acessar produtos e serviços de várias instituições financeiras num único aplicativo.
No comunicado, o BC explicou que o grupo de trabalho será coordenado pelo chefe do departamento de Regulação do próprio órgão e terá até 30 de abril para propor estrutura de governança, incluindo a composição, as atribuições e as responsabilidades dos órgãos técnicos, administrativo e estratégico do open banking no país.
Além do BC, o grupo terá seis representantes indicados por Febraban (grandes bancos); Abecs e Abipag (empresas de pagamentos); ABBC (bancos médios); OCB (cooperativas), ABCD e ABFintech (fintechs); Abranet e CâmaraNet (internet). O grupo vai propor padrões tecnológicos e procedimentos operacionais, canais para encaminhamento de demandas de clientes e de resolução de disputas entre instituições participantes.
“O open banking (…) trará muitos benefícios em termos de maior eficiência e competitividade. Também permitirá o surgimento de novos modelos de negócios e a oferta de produtos cada vez mais adequados ao perfil dos clientes”, afirmou no comunicado o diretor de Normas do BC, Otávio Damaso.
Segundo o BC, a definição da estrutura de governança visa permitir a implementação homogênea, ágil e segura do open banking, a sustentabilidade e efetividade do modelo.