No evento de comemoração de aniversário do Açolab, laboratório de inovação aberta da ArcelorMittal, o presidente da companhia recebeu C-levels da MRV e Localiza em um papo intitulado “a importância da inovação aberta para a competitividade das empresas”. O objetivo do papo, disponível no YouTube da ArcelorMittal, é debater os impactos da inovação aberta em grandes empresas do país e a relevância da aproximação com startups para a sobrevivência de negócios em setores tradicionais. Durante o painel, Bruno Lasansky, CEO da Localiza, Eduardo Fischer, CEO da MRV, Luis Gustavo, CEO da Ace Cortex, e Jefferson De Paula, Presidente da ArcelorMittal Brasil, compartilharam suas perspectivas e experiências sobre o tema.
Conciliando a cabeça na Lua com os pés no chão
Jefferson De Paula, Presidente da ArcelorMittal Brasil, destacou a importância de descentralizar a inovação e promover a conexão entre a empresa e a inovação aberta. Segundo ele, o foco em resultados é essencial para empresas de qualquer tamanho ou setor. “Independentemente de sermos uma empresa tradicional ou industrial, nós vivemos do agora. Se não dermos resultados agora, não chegamos ao futuro. Nós [na ArcelorMittal], identificamos que o nosso foco em resultado é muito forte. Nós não perdemos isso com inovação”, diz. Jefferson ressaltou a necessidade de equilibrar o pensar no presente para obter resultados imediatos com a visão de futuro, buscando constantemente melhorias e estando conectado com clientes e funcionários. Para ele, a cultura de resultados e a cultura de inovação são complementares, e a empresa deve estar atenta às mudanças rápidas do mundo e se adaptar para garantir sua sustentabilidade.
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Eduardo Fischer, CEO da MRV, salientou os desafios enfrentados por setores tradicionais, como o seu, e o dilema entre o foco no curto e no longo prazo. “Quando a empresa está bem, esse pode não parecer ser um problema. Mas quando se passa por uma crise, esse dilema grita”, garante. Ele mencionou que sua indústria é antiga e artesanal, e nos últimos anos passou por dificuldades, especialmente após a pandemia, com aumento de custos e alta taxa de juros. Nesse contexto, Eduardo destacou a importância de não deixar o futuro de lado, mesmo diante das pressões do curto prazo. Ele enfatizou a necessidade de as lideranças das empresas desempenharem um papel fundamental na criação de estruturas e orçamentos dedicados à inovação, evitando que o foco exclusivo no presente comprometa o potencial de crescimento futuro.
ArcelorMittal, Localiza e MRV: entender a inovação como um salto de fé
Bruno Lasansky, CEO da Localiza, compartilhou a trajetória da empresa, que começou há 50 anos com apenas 6 carros e se tornou uma referência no setor. Para ele, a Localiza se tornou uma das maiores referências de seu mercado por, melhor do que outros players, ser capaz de escutar o cliente e entender suas necessidades como base para a inovação. Bruno enfatizou que a inovação faz parte da cultura da Localiza e que todos os colaboradores devem estar envolvidos nesse processo. A empresa possui um laboratório de inovação, mas o principal pilar da inovação da companhia é o fluxo constante de melhorias incrementais promovidas por toda a organização. “A gente gosta de saber quais ideias que vão dar certo, mas é impossível. Quem tem que saber é o cliente. Investir é um ato de fé. E a gente faz isso com metodologia, porque inovação pra nós é uma questão de cultura, e todo mundo tem que estar inovando”, garante.
Os executivos também discutiram os efeitos da inovação aberta nas empresas. Jefferson De Paula ressaltou que, ao abrir espaço para a conexão com startups e empresas menores, a ArcelorMittal ganhou velocidade e agilidade, promovendo mudanças na cultura organizacional. Vale lembrar que hoje a ArcelorMittal é uma das corporações que mais se conecta com startups no Brasil. “No país, são quase 15 mil startups atualmente, e nós estabelecemos conexões com 48% delas”, diz o presidente. Para gerenciar essa quantidade gigantesca de oportunidades, a ArcelorMittal desenvolveu um programa para treinar embaixadores para o contato com essas empresas, o que contribuiu para a agilidade e a inovação.
Para Eduardo Fischer, um outro pilar também não pode ser esquecido: a importância da retenção de talentos e como a cultura de inovação pode ser um diferencial para atrair e manter profissionais inquietos e ávidos por desafios. “Nosso setor inova pouco no mundo inteiro, mesmo em economias bastante evoluídas. Os jovens talentos, os líderes dessa companhia no futuro, são mais inquietos, apressados e estar em um ambiente ou indústria que é quadrada e lenta é um risco enorme para o negócio”, afirma.
Por sua vez, Bruno Lasansky destacou que a inovação aberta não apenas promove uma cultura de inovação, mas também traz competências concretas para as empresas. Ele citou o exemplo da Localiza, que decidiu ser líder em carros conectados e encontrou uma startup em Curitiba que tinha a expertise necessária. Através dessa parceria, a Localiza conseguiu acelerar seus ciclos de inovação e se adaptar mais rapidamente às mudanças, ganhando vantagem competitiva em relação aos concorrentes. “Manter o radar aberto, além ed promover a cultura, te permite acelerar ciclos. Se a gente consegue evoluir e se adaptar mais rápido que seus concorrentes, você sai na frente”, completa.
Para conhecer as iniciativas e oportunidades que o Açolab oferece, acesse acolabam.com.br. Para conhecer mais detalhes sobre as iniciativas de inovação da companhia, siga o Açolab nas redes sociais: instagram.com/acolabam e linkedin.com/company/acolab/.
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