Olá!
Retomei o artigo que iniciei no ano passado, para compartilhar alguns aprendizados de uma década atuando como profissional independente e professor.
No ano de 2023, a Wintepe, minha empresa individual, completou 10 anos. A Wintepe foi aberta para emitir as minhas notas fiscais, para os serviços de consultoria e assessoria, para as mentorias em gestão e planejamento de carreiras, e para as aulas que dou, desde 2013 e 2014.
A Wintepe representa então a minha atuação como um agente independente, com a missão revisada de ser um trusted advisor para indivíduos e organizações, aplicando conteúdo relevante e diferenciado em planejamento e gestão estratégicos, com compromissos e resultados de longo prazo e crescentes.
Trabalho compartilhando ideias, conhecimento e experiências, adquiridos em mais de 30 anos de carreira profissional, com técnicas e ferramentas, aplicados nas áreas de Marketing, Carreiras, Liderança e Gestão de Pessoas, Inovação e Empreendedorismo, Gestão Comercial e Tecnologia, para ajudar organizações e pessoas a obterem resultados melhores.
Esse é o meu posicionamento atual, que aprendi ser muito importante para qualquer Go To Market (GTM).
Esse artigo é para compartilhar aprendizados que adquiri nesta jornada de uma década, para que esse conteúdo possa ser útil a outras pessoas e que me levaram a essa posição atual.
A minha transição de executivo para “empreendedor” se deu por opção, após decidir em 2012, deixar uma carreira executiva bem-sucedida, de mais de 20 anos na indústria de tecnologia na América Latina, com 15 anos atuando na Intel Corporation, de onde sai como CMO da América Latina.
Também escolhi não retornar para a carreira executiva e buscar experiências e projetos, sem precisar me concentrar na geração de renda, graças às conquistas no mundo corporativo e à minha atitude de gerir conservadoramente os recursos financeiros.
Ainda não sabia se seria um empreendedor, ou como poderia definir minha atuação no mercado, e mais tarde, após um mestrado na FEA-USP, entendi que dependeria da definição, ou seja, se considerar empreendedor alguém que monta seu negócio, entrega valor para clientes e para a sociedade e tira renda dele, estou dentro; mas se o foco for na inovação e escala, aí a minha escolha foi a de não pagar o preço e correr o risco necessários para o sucesso.
Eu optei pela busca do equilíbrio, como descrevo no meu pitch pessoal: “Eu sou um cara família, casado, pai de dois jovens; que gosta de trocar ideias, aprender coisas novas e criar impactos positivos, aproveitando um raciocínio rápido e uma boa memória; sou um observador e comunicador. Eu adoro esportes e de estar em contato com a natureza. Busco um equilíbrio e uma maturidade, joviais, na vida e nos relacionamentos.”
Optei por não montar ou responder por um negócio de porte que implique funcionários e que busque o crescimento como sua prioridade máxima, pois entendi que isto demanda paixão, sacrifícios e uma dedicação que eu não estava, e ainda não estou disposto a empenhar.
Comecei a dar aulas em cursos de MBA e pós-graduação por acreditar em vocação, por achar que ajudar os outros a aprender algo, também é a melhor maneira de continuar aprendendo e me mantendo atualizado (afiado) e por fim, para devolver algo para a sociedade, já que recebi bastante.
A minha carreira como professor se viabilizou a partir do meu networking, mas mais do que isto, a partir da generosidade de algumas pessoas que me mostraram o caminho das pedras, sem nunca pedir nada em troca, em especial o Prof. Edson Barbero, a quem sou muito grato e com quem aprendi que deveria ajudar aos outros com as mesmas questões.
O mundo acadêmico tem suas dinâmicas e complexidades, tanto quanto os ambientes corporativos e empreendedores, ou seja, se escolher esse caminho, tenha certeza de que entende isso, antes de ir com tudo. Às vezes se tem a impressão de que há menos de algo em um dos ecossistemas e a prática pode ser o oposto.
O networking também deveria ser a base para o profissional que deseja iniciar sua transição para a prestação de serviços, para se conseguir os primeiros clientes, que normalmente são pessoas em organizações que te conhecem.
Não pensei nisto enquanto executivo e não consegui efetivar essa conversão da maneira como achei que seria possível e como vi outros profissionais fazerem. Mesmo assim não posso me queixar do meu real capital social.
Aprendi que se quiser construir um nome no mercado independente, o caminho da especialização é o que pode dar maior retorno financeiro, assim como viabilizar a construção de uma reputação.
Bom, mas eu me considero um estrategista multidisciplinar, ou seja, um generalista com expertise em planejamento e gestão que aplica esse capital intelectual em várias áreas e aos poucos se especializa, também.
Só que isso não vende, pois não é como a empresas buscam produtos e serviços no mercado, tais como consultoria, advisory, mentoria, conselheiros….As organizações e pessoas identificam um problema específico, que normalmente é simplificado e/ou equivocado, e buscam os “experts” no assunto.
É similar quando se trabalha no mundo acadêmico, onde acredito que também há um foco maior na especialização, o que é compreensível e em algumas posições somente doutores são aceitos.
Outra lição é da aprender pela ação, ou melhor, experimentação. Entendemos e construímos nosso caminho, enquanto caminhamos e sempre podemos, ou melhor devemos mudar. O movimento é que vale e a degustação dever vir antes de ordenar o prato principal.
Sou adepto do planejamento, mas esse só tem valor se existir a execução, o acompanhamento e as necessárias revisões que permitem fazer as mudanças, evoluções e até revoluções com base no aprendizado.
Caso queira ser professor frequente escolas, dê aulas e palestras de maneira voluntária, volte a estudar também, e converse muito com outros professores, que talvez você ainda precise conhecer, e aí compartilhe com eles seus objetivos.
Isso vale para empreendedores, investidores, consultores etc.
O mercado tem altos e baixos, e a demanda por produtos costuma vir em ondas, mas você só consegue surfar se estiver preparado e principalmente tiver se posicionado adequadamente. Prospecção é fundamental e você precisa saber vender seu valor e diferencial. O que é muito mais fácil falar do que fazer.
Poderia escrever muitas páginas sobre esses aprendizados e talvez o faça em um livro, mais adiante, então fecho por aqui com a importância da resiliência e de se construir uma rotina e agenda que permita tanto você explorar, quanto produzir para o que decidir fazer, em especial para um negócio e para gerar novos aprendizados.
Daí como eu sempre concluo meus artigos, mãos a obra!
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